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As viagens da Káká

"It's a big world out there, it would be a shame not to experience it." - J. D. Andrews

As viagens da Káká

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30 de Julho, 2023

Sevilha - Recomendações de restaurantes

Ora bem, sendo eu uma amante de comida e o Rodrigo não tanto, a minha experiência gastronómica durante a nossa viagem a Sevilha não foi nada de outro mundo. Gostava de ter experimentado uma maior variedade de tapas mas, o Rodrigo não é muito fã do conceito de tapas.

Fizemos algumas refeições no hostel e para as outras aproveitamos sugestões que a  guia da free walking tour  nos deu.

Fomos à Taberna el Perejil, Casa Tomate e à La Sacristia. Os três restaurantes são na mesma rua (zona da catedral), na verdade, são praticamente seguidinhos. São todos de tapas e bastante acessíveis. Do que experimentamos apenas desaconselho o atum grelhado da Taberna el Perejil, muito seco.

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Para além destes três, a guia da free walking tour  sugeriu  outros restaurantes que não tivemos oportunidade de experimentar. Na zona da catedral, o restaurante Las columnas. Na zona da Plaza de Toros a Bodega Antonio Romero, Méson el Serranito, Bar Arenal Ventura, El Baratilla e Pepe Hillo. As palavras da nossa guia foram algo como: "Todos estes restaurantes são bons. São restaurantes aos quais vou com os meus amigos.". Sendo as palavras de uma local, penso que estes restaurantes devem ser bons tal como os que experimentamos.

Para terminar, houve um dia que, a seguir ao jantar, estávamos à procura de um sítio para beber algo. No entanto, apareceu-nos uma gelataria com bom aspeto à frente e... abortamos a missão de ir a um bar e compramos gelados bem bons! A gelataria chama-se Heladería Bolas e tem um conceito que eu adorei. Apetecia-me comer algo doce mas não queria um gelado muito grande pois o jantar já me tinha deixado mais que satisfeita... et voilà nesta gelataria têm uns mini cones que era mesmo o que eu procurava. Após uma pesquisa no google descobri que em Sevilha existem várias gelatarias desta cadeia. Infelizmente, mesmo após uma pesquisa no google maps, já não sei dizer ao certo a qual fomos.

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Podem descobrir mais sobre Sevilha em Sevilha - DicasSevilha - O nosso roteiro e no meu instagram https://www.instagram.com/p/Cu7OwzOo3lB/.

Um beijo,

Káká

 

26 de Julho, 2023

Sevilha - O nosso roteiro

Cá estamos outra vez para falar sobre Sevilha. Agora irão descobrir um pouco mais sobre o nosso roteiro. Tal como disse no post anterior Sevilha - Dicas sinto que seria necessário mais um ou dois dias para tirar proveito de tudo a 100%. Sevilha tem imensos monumentos que valem super a pena visitar onde acabamos por "perder" bastante tempo.

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SÁBADO

Chegamos a Sevilha no sábado por volta das 15h. Fomos até ao hostel fazer o check in e aproveitar um pouco a piscina. Tínhamos uma Free Walking Tour reservada para as 19h. Ora bem, saímos da piscina por volta das 18h30, fomos até ao quarto para nos arranjarmos para sair, colocamos o ponto de encontro da walking tour no maps e... descobrimos que estávamos a 30 minutos de distância a pé. Olhamos para o relógio e já era por volta das 18h50, ou seja, nunca na vida iriamos chegar a tempo. Na verdade, não sei o que nos passou pela cabeça para assumirmos que iria ser perto. Ambos achávamos inocentemente que no máximo iriamos estar a 10 minutos de distância mas... apesar de o hostel ter uma localização interessante não é mesmo no centro centro. Bem, enviei uma mensagem para a White Umbrella Tour (a empresa da walking tour) a dizer que não iriamos chegar a tempo e que iriamos remarcar para o dia seguinte. Tendo em conta este pequeno percalço, decidimos voltar a vestir o biquíni/ calções de banho e fomos para o rooftop conviver. Ficamos na piscina na conversa até por volta das 21h30 penso, quando todos decidimos ir tomar banho. Tal como mencionei no post anterior, o hostel organiza pub crawls (tem um custo de €15) que começam às 22h  com 1h de sangria "gratuita" no hostel. Como já eram 21h30 e ainda tínhamos de tomar banho e fazer o jantar nunca achei que fosse possível chegar a tempo. Pois bem, estava certa! Chegamos às 23h, hora em que terminava a sangria "gratuita". Qual não é o nosso espanto, quando chegamos lá e as pessoas que tinham saído ao mesmo tempo que nós da piscina já lá estavam há algum tempo. Basicamente, alguns deles nem tinham jantado ou "tinham-se esquecido de jantar". Eu como amante de comida penso, como é que é possível? Bem, como não chegamos a tempo do início do pub crawl e não nos queríamos deitar extremamente tarde pois no dia a seguir queríamos passear, fomos na mesma com toda a gente (sim, intrusos!) para os bares que faziam parte do pub crawl, pagando separadamente as bebidas que queríamos.

 

DOMINGO

No Domingo de manhã, lá fomos nós para a free walking tour. Quando a guia nos disse que a tour ia demorar 2h30 ficamos os dois um pouco desanimados pois 2h30 parecia-nos muito muito tempo, principalmente a mim que tenho a atenção de um mosquito neste tipo de coisas. Surpreendentemente, foi muito dinâmica e o tempo passou a voar.

A seguir ao almoço fomos visitar a Catedral y Giralda (compramos os bilhetes online durante o almoço). Vale muito a pena, estivemos lá bastante tempo, o que fez com que não apanhássemos aquelas horas de calor abrasador. Em seguida fomos um pouco para o hostel.

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Já perto do pôr do sol saímos, tínhamos comprado online a entrada para as Setas de Sevilla. Não achamos o bilhete muito barato (€12), mas no fim de contas achamos que valeu super a pena ver de lá o pôr do sol. Para além de ter uma vista muito boa, ao anoitecer toda a estrutura fica iluminada com diferentes cores. Antes de virmos embora assistimos a um vídeo sobre Sevilha que, não sendo eu uma especialista, achei que a edição estava muito boa. O Rodrigo, um pouco mais especialista (mas também não grande coisa), concordou comigo. Saímos de lá já relativamente tarde e fomos diretos para o hostel para jantar e dormir.

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SEGUNDA

Segunda, dia de Isla Mágica! Porque é que escolhemos segunda? Porque era o dia em que os bilhetes eram mais baratos, apesar de que a diferença não era muita, €2 para aí. Compramos o bilhete que permitia não só entrar na Isla Mágica mas também na Água Mágica. Este foi um dia muito atribulado para a minha pessoa. Apesar de ter adorado ir, tive de superar bastantes peripécias que me foram acontecendo, incluindo superar enjoos em divertimentos mais "fáceis". Os mais potentes? 0 enjoos! Nos mais fracotes? 2 enjoos! Em conversas no hostel apercebemo-nos que a Isla Mágica é bastante conhecida para os portugueses, mas não para o resto das pessoas. E, na verdade, grande parte das pessoas no parque nesse dia era portuguesa.

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Chegamos ao parque quase logo na abertura (11h) e, para perdemos logo o medo, começamos por andar na torre. No fim de contas andamos um total de 4 vezes na torre, em diversas alturas do dia, em assentos em diversos locais para podermos observar a cidade de várias perspetivas. Para além da torre, existe uma montanha-russa que também é assim um pouco mais para o radical. Os restantes divertimentos, embora sejam fixes e por vezes se sinta um friozinho na barriga, são todos muito mais tranquilos.

Optamos por de manhã andar em praticamente tudo da parte da Isla Mágica para que de tarde, nas horas de maior calor, fossemos para a parte aquática do parque, com piscinas e escorregas. 

Esperava que a comida na Isla Mágica fosse caríssima e fracota, mas na verdade acabei por comer umas almondegas que nem eram más por €9. A minha técnica foi bastante melhor do que a do Rodrigo que tinha optado por comprar comida no supermercado para depois almoçar lá. Conclusão, tal como eu já previa, com aquele calor, a comida já não estava boa à hora do almoço.

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Tenho alguns conselhos para quem quiser ir à Isla Mágica. Evitem levar colares, pois na parte dos escorregas pedem para os tirarem. Levem uma capa que seja resistente à água para colocarem o telemóvel e andem SEMPRE com o telemóvel lá dentro, pois mesmo quando não estão à espera, o vosso telemóvel pode ficar encharcado (falo por experiência própria). De qualquer maneira, estas capas são vendidas no parque. Aconselho também a que mal cheguem aluguem um cacifo. São apenas €3 que vos podem deixar muito mais relaxados se forem como eu. Passo a explicar, na parte mesmo da Isla Mágica, em quase todos os divertimentos, as mochilas andam connosco e, se não andarem, ficam mesmo à saída do divertimento. Na Água Mágica já não é a mesma coisa. Como é óbvio não podemos andar com as mochilas nos escorregas, mas nem os telemóveis nas capas eles deixam levar. Conclusão quando me apercebi disso, fui tentar colocar o meu telemóvel e documentos num cacifo e já estavam todos ocupados. Resumindo, aconselho a que os aluguem mal cheguem. Fiquei sempre um pouco preocupada por ter deixado as coisas ao abandono enquanto andava nos escorregas. O Rodrigo não, mas eu sim. 

A Isla Mágica fecha as 23h e foi por volta dessa hora que viemos embora (a Água Mágica penso que fecha as 20h). Tínhamos ideia de andar no balão de ar quente na hora do pôr-do-sol. No entanto, como era um dia de muito calor o balão não estava a funcionar (p.s.: este divertimento tem um custo adicional de €5).

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TERÇA

Terça, o dia dos 27 km. Começamos o dia no Real Alcázar,  um complexo composto por vários edifícios de diferentes épocas onde foram feitas gravações do Game of Thrones. Vale muito a pena, é muito bonito. Acabamos por passar lá a manhã toda. Compramos os bilhetes online e, muita atenção, o site oficial é: https://www.alcazarsevilla.org/. Existem muitos sites a venderem bilhetes muito mais caros.

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Após o almoço fomos ao distrito de Triana e, é assim, ou não fomos aos locais certos, ou então não existe nada propriamente interessante para ver do outro lado do rio. Em seguida, fomos visitar o museu de Belas Artes. Não pagamos a entrada. Já não me recordo se era por sermos estudantes da EU com menos de 26 anos ou por sermos residentes num país da EU. Sinceramente, não adorei o museu.

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Em seguida fomos para o hostel descansar um pouco. Bem, eu não tive muito tempo para relaxar pois tinha bilhetes para, não só ver o Museu do Flamenco, como também assistir a um espectáculo de flamenco no museu. Inocente, pensei que como o espectáculo só começava as 19h, se chegasse por volta das 18h15 seria mais que tempo suficiente para ver o museu. Acontece que quando cheguei por volta das 18h15, já estavam pessoas a chegar para o espectáculo, Como os lugares não são marcados, já vi a última parte do museu um pouco à pressa pois estava a ver a sala a encher rapidamente e não queria ficar num mau lugar. Assim, aconselho a que vão um pouco mais cedo do que fui para poderem disfrutar mais do museu e conseguirem um bom lugar para assistir ao espectáculo. A escolha do Museu do Flamenco para ver o espectáculo não foi aleatória, foi sugestão da minha professora de Ballet. Na verdade, estas foram as suas palavras: "Museu do flamenco o melhor que há.". E, digo-vos uma coisa, eu AMEI e mais que aconselho. Muita gente a quem eu disse que ia ver um espectáculo de Flamenco assumiu que ia ser numa sala gigante com muitas pessoas a assistir mas, a realidade é que é um espectáculo bem intimista. Quanto ao museu em si, apesar de não ser um museu todo bonitinho, penso que a maneira como está feito permite ficar a conhecer um pouco mais da história do Flamenco sem se tornar muito massador e cansativo. Aprendi algumas coisas que não fazia ideia!

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Não sei se perceberam pelo que escrevi em cima mas, o Rodrigo não quis ir comigo. Assim, após o espectáculo encontramo-nos na Plaza de España. Lindissíma! No meu caminho acabei por entrar na antiga fábrica de Tabacos, onde atualmente se encontra a Universidade de Sevilha.  Ao fim do dia e, penso que também de manhã, podem assitir, na praça, a "espectáculos" de Flamenco com base em gorjetas. A minha opinião sincera é que não se aproxima minimamente ao espectáculo que se pode ver no Museu do Flamenco, mas é uma excelente alternativa para quem não quer gastar tanto dinheiro. Ver aquela dança naquela envolvência lindissima que é a praça é também uma excelente experiência.

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Acabamos por ficar durante bastante tempo lá, não só a ver o espectáculo como também a explorar um pouco da praça e a apreciar o anoitecer.

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QUARTA

Este era o nosso dia de regresso, tínhamos ainda a manhã para aproveitar e, então, decidimos ir ver alguns pontos que nos faltavam. Fomos até Hospital de los Venerables. A entrada é paga e, como já não tínhamos muito tempo para aproveitar a visita pois ainda queriamos ir a outros locais, optamos por não entrar. Em seguida fomos até ao Parque de Maria Luísa. Um parque bastante fixe, com alguns museus gratuitos que mais uma vez não tivemos oportunidade de explorar muito bem. Terminamos a nossa manhã na Igreja de El Salvador, a entrada está incluida nos bilhetes da catedral. Em seguida só tivemos oportunidade de regressar ao hostel para almoçar e apanhar o autocarro para ir para o Aeroporto.

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Algo que não tivemos oportunidade de visitar mas que deve ser  muito bonito foi o Palácio de las Dueñas. Também não houve tempo para visitar a Real Maestranza de Sevilha.

Podem descobrir mais sobre Sevilha em Sevilha - DicasSevilha - O nosso roteiro e no meu instagram https://www.instagram.com/p/Cu7OwzOo3lB/.

Um beijo,

Káká

23 de Julho, 2023

Sevilha - Dicas

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Sevilha, Sevilha... todos nos diziam que éramos malucos por irmos lá em Julho, que íamos apanhar um calor infernal. Estávamos preparados para algo caótico mas... para quem esteve o ano passado em Maio, Junho e Julho em Bologna, o calor de Sevilha não foi nada de extraordinário. Pelo que nos diziam esperávamos algo muito, muito pior. Claro que apanhamos temperaturas de 40º, no entanto, nas alturas de maior calor ou íamos para a piscina ou tentávamos visitar locais fechados e fresquinhos. Atenção que lá não é como estamos habituados, as horas de grande calor não são entre as 12h e as 15h. O grande calor sentia-se mais a partir das 16h até por volta das 18h.

Ora bem, fui a Sevilha com um amigo meu, o Rodrigo. Marcamos a viagem em Junho e escolhemos Sevilha porque nem os voos nem o alojamento estavam extremamente caros (tendo em conta a época do ano). Fizemos Porto <-> Sevilha, pela Ryanair. Um voo bem curto. Só depois de termos marcado o voo é que nos apercebemos que tínhamos sido um pouco tótós. O Rodrigo é de Lisboa. Teve de apanhar um autocarro Lisboa-Porto para apanhar o voo, quando simplesmente poderia ter apanhado um autocarro de Lisboa diretamente para Sevilha. Isto porque não havia voos de Lisboa no dia em que fomos, ou era muito mais caro, não me recordo. O autocarro, mais concretamente, um Flixbus demora 6h40. Enfim, algo que poderíamos ter pensado com mais atenção. Do aeroporto de Sevilha até ao centro existem uns autocarros especiais que partem com alguma regularidade e que fazem diversas paragens até ao centro. A viagem custa €4. É possível comprar o bilhete no aeroporto ou diretamente no autocarro (aceitam cartão).

Ficamos alojados num hostel, o Oasis Backpackers' Palace Sevilla. Um hostel, na minha opinião, top top. Tem uma piscina no rooftop que, embora não seja muito grande nem extremamente apetitosa, é um pouco essencial tendo em conta as temperaturas de Sevilha. Ficamos num quarto misto para 14 pessoas. Quando chegamos ao quarto e vi que só havia uma casa de banho, fiquei um pouco preocupada não vou mentir. Como é que 14 pessoas iam conseguir tomar banho sem haver grandes congestionamentos? Ora bem, na verdade, foi tudo muito fácil e tranquilo. Para além da casa de banho no quarto existem outras espalhadas pelo hostel, o que torna tudo muito mais simples. Nunca tive de esperar para tomar banho ou lavar os dentes de manhã. 14 pessoas num quarto e casas de banho partilhadas com inúmeros quartos pode assustar muita gente. No entanto, apesar de não ter andado a reparar ao pormenor, estava sempre tudo relativamente limpo. Já fiquei várias vezes em hosteis, mas acho que nunca num quarto com tanta gente e este surpreendeu-me pela positiva.

Apesar de não me considerar uma pessoa muito introvertida, falar com pessoas aleatórias em hosteis e, principalmente pelo facto de ser noutra língua, nunca tinha sido algo que tinha feito muito. No entanto, desta vez foi diferente e achei uma experiência bastante interessante. Na verdade, o rooftop do hostel é bastante convidativo a convívios com outros viajantes. Conhecemos bastante gente que estava a viajar sozinha. Fiquei surpreendida com a quantidade de raparigas (da minha idade e mais novas) que o faziam. Perguntei mais do que uma vez: "What's it like to be a girl and travel alone?", estava extremamente espantada. Para além disso, o engraçado foi perceber que grande parte daquelas pessoas estava a fazer viagens sozinha de duas/ três semanas. A maioria a seguir a Sevilha ia para Lagos, Lisboa e terminava no Porto. Descobrimos que Lagos é um destino conhecido no estrangeiro, até mesmo na Austrália! Por último, de quarta a domingo o hostel organiza pub crawls o que incentiva ainda mais o convívio.

Durante a nossa estadia optamos por andar de um lado para o outro sempre a pé. Num dos dias fizemos cerca de  27 km. Como podem imaginar, fiquei completamente "rota" no final desse dia. Para quem não gosta de caminhar tanto existem os travel cards diários ou para 3 dias. Custam €5 e €10, respetivamente. Uma vez que não usamos não sei dizer muito bem como funcionam nem como adquirir.

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Estivemos em Sevilha de Sábado a Quarta e achava que seria tempo mais do que suficiente para visitar a cidade, ir à Isla Mágica e aproveitar o hostel. A verdade é que vim de lá a achar que precisava de mais um ou dois dias para ter oportunidade de aproveitar tudo a 100%.

Apenas um último conselho, verifiquem bem os horários das atrações que querem visitar pois por vezes são um pouco estranhos.

Mais sobre Sevilha:

Sevilha - O nosso roteiro

Sevilha - Recomendações sobre restaurantes

O meu instagram

Um beijo,

Káká

19 de Julho, 2023

Onde comemos em Salamanca

Ora bem, neste post poderão descobrir onde me alimentei em Salamanca, principalmente nesta segunda visita. Será que todos os sítios a que fui valeram a pena?

Nesta minha segunda ida a Salamanca chegamos um pouco mais tarde do que da primeira vez, por isso não tivemos oportunidade de iniciar logo a nossa degustação das famosas tapas. Já estava tudo fechado! Acabamos por ir jantar ao famoso McDonald's que fechava à uma da manhã. Apesar de o jantar não ter sido uma especialidade, de seguida fomos até ao Niebla Cocktail Bar. Um bar com cocktails ótimos, a um preço acessível e um espaço bastante agradável. Existe apenas um pequeno problema, se não arranjarem mesa na parte de fora, no interior a comunicação pode ser um pouco difícil por causa do volume da música. Gostamos tanto que na segunda noite voltamos lá.

No almoço de sábado optamos por ir ao restaurante Tapas 2.0 Gastrotasca. Tem umas tapas boas mas nada de extraordinário. Os pratos que mais gostamos foram as croquetas de la abuela manuela, as patatas muy bravas e a tarta de queso de Hinojosa. Quando fui com o meu pai também experimentamos algo que era bastante interessante mas que não me lembro do nome. Foi o prato da imagem abaixo. Na altura, achei o risotto de boletus y queso de hinojosa um pouco dececionante.

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No jantar de sábado fomos ao restaurante Vinodiario. Um restaurante maravilhoso! Comemos muito muito bem. A senhora que nos atendeu era muito simpática e ainda nos ofereceram uma entrada (uns queijinhos) e um copo de moscatel para acompanhar a muito boa tarta de queso casera que pedimos para sobremesa. Os nossos pratos favoritos foram o arroz de jasmine com curry thay de gambas e os secretos de ibérico, pedro ximénez y pimenta rosa. Apesar de termos adorado o restaurante, nenhuma de nós apreciou muito as papas arrugadas con mojo picón verde. Um pequeno conselho, se puderem, façam marcação para o restaurante. Nós não tínhamos e então tivemos um tempo limitado para a nossa refeição. A nossa mesa iria ser ocupada as 22h15.

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No domingo ao almoço fomos ao restaurante Méson El Minutejo. Este restaurante é mais para tostas e montaditos. Sinceramente a qualidade da comida ficou muito aquém do que esperávamos, principalmente tendo em conta a avaliação que o restaurante tem no google. Penso que as patatas al Minutejo foi o que mais gostamos.

Aconselho muito a comerem também uma típica sandes de presunto. Estas estão por todos o lado. Quando fui com o meu pai, a nossa escolha não foi magnifica, o pão era um pouco seco.

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Desta vez, duas das minhas amigas compraram sandes na Ibéricos Anselmo Pérez e adoraram. Acabamos por escolher este local, pois na free walking tour que fizemos recebemos uns papeis para um free tasting de ibéricos neste espaço. Chegamos lá, provamos o que tínhamos direito, gostamos bastante e elas acabaram por querer comprar... uma excelente técnica de marketing!

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Aconselho também uma paragem na loja La Cure Gourmande. A loja chama bem a atenção. Tem uns biscoitos amanteigados muito saborosos. Dependendo da quantidade que comprarem poderão ter a oferta de uma caixinha muito fofa.

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Fica aqui um pequeno video da viagem https://www.instagram.com/p/CurIdG6o2fR/Para mais dicas e sugestões sobre o que ver em Salamanca vejam os posts: Dicas para uma visita a Salamanca e O que visitamos em Salamanca.

E assim terminam os posts sobre as minhas experiências em Salamanca!

Bons passeios.

Um beijo,

Káká

16 de Julho, 2023

O que visitamos em Salamanca

Apesar de ter um centro histórico relativemente pequeno, Salamanca têm ínumeros locais para visitar. Aqui fica uma lista dos sítios que acabei por visitar nas duas viagens que fiz (uma com o meu pai e outra com 3 amigas). Indico também os horários em que as visitas são gratuitas pois, se planearem bem a viagem, poderão ver quase tudo gratuitamente.

Pessoalmente, adoro todo o centro histórico de Salamanca, mas se tivesse de escolher o meu local favorito, sem duvida que escolheria a Plaza Mayor. Se durante o dia a praça já tem o seu encanto, à noite acho que se torna ainda melhor. Nas 3 noites em que estive em Salamanca com o meu pai fomos lá sempre tomar um café e apreciar o movimento e a beleza da praça.

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Salamanca é muito conhecida pela sua Universidade, uma das mais antigas da Europa. Visita imprescindivel. A visita é gratuita às segundas entre as 15h e as 20h. Desafio-vos a encontrarem um sapo na fachada da Univerisdade.

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Existe também a Universidad Pontificia. As visitas são guiadas e em espanhol. Vale super a pena visitar, pois a universidade é bastante bonita. Até tem uma catedral bem grande no seu interior.

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No mesmo edifício é possível subir às Torres de La Clerecía que têm uma vista muito boa sobre a cidade. Para além disso, as próprias torres têm uns detalhes muito bonitos. A entrada conjunta nas torres e na Universidad Pontificia são €6.vVale muito a pena.

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Em ambas as viagens fomos até à Casa de las Conchas. Atualmente o seu interior aloja uma biblioteca e exposições. Trata-se de uma das melhores mostras de arquitetura gótica civil espanhola. A entrada é gratuita.

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Passamos também pelo Cielo de Salamanca, uma obra original realizada por Fernando Gallego. Entrada gratuita.

 As Catedrales (nueva y vieja) e o Palacio Episcopal são também um ponto a não perder. Caso não optem pelo audio guia, a visita faz-se relativamente rápido. A Catedral nova é espectacular. Parte da minha visita com as minhas amigas foi a tentar arranjar teorias sobre como é que era possível construir tal coisa. Para turistas, a entrada é gratuita aos domingos das 16h às 18h. Se quiserem o audioguia, este tem um custo de €2. Desafio-vos a encontraram o astronauta numa das entradas da catedral.

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Na minha opinião, a subida às torres da Catedral (Exposición "Ieronimus") também vale a pena. A vista não é tão boa como a das Torres de la Clerecía. No entanto, é possível observar de perto alguns dos detalhes do exterior da Catedral. Apesar de nos folhetos do turismo não indicar nenhum horário em que a subida é gratuita, pelo menos aos domingos a partir das 17h não se paga. A subida nem sempre é muito agradável. Uma das minhas amigas sentia-se um pouco claustrofóbica e outra, apesar de não saber explicar muito bem o que sentia, quando terminava um lance de escadas estava com o coração a mil e não era do cansaço da subida. 

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Em nenhuma das minhas visitas cheguei a entrar na Casa Lis, um museu com uma coleção de Art Noveau e uns vitrais que, aparentemente, parecem espectaculares. Não sendo uma especial entendida de arte acabei por nunca entrar, pois nunca estive lá no horário que era gratuito, quinta-feira das 11h às 14h.

Se forem apreciadores de carros como o meu pai, irão com certeza gostar do Museo de la Historia de la Automoción. Gratuito na primeira terça feira do mês, das 17h às 20h.

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Desta vez fui ao Convento de San Esteban, mais um monumento com uma arquitetura que, apesar de não perceber nada do assunto, eu adoro. 

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Quando estive em Salamanca com o meu pai, aproveitamos o facto de o Palacio de Monterrey ser gratuito às terças das 10h30 as 11h para fazermos uma visita. Os folhetos que nos deram no turismo indicam que é necessário fazer esta reserva com uma semana de antecedencia. No entanto, na altura fizemos com cerca de 5 minutos de antecedencia e correu tudo bem.

Aconselho também um passeio pela Puente Romano. Na verdade, a minha sugestão é que atravessem para o outro lado do rio por esta ponte, deem um pequeno passeio nessa margem e voltem a atravessar mais à frente na Puente Enrique Estevan. Assim poderão apreciar uma boa vista da catedral.

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Em Salamanca existe também um pequeno jardim muito fofo e com um bom cheirinho delicioso a flores, o Huerto Calixto y Melibea.

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Se são fãs da Zara, não podem perder uma visita à Zara na Calle Plaza del Liceo, 28, 37002 Salamanca. Na verdade, aconselho mesmo a quem não goste de fazer compras. O local onde esta Zara se encontra era um antigo convento e ainda mantem algumas das insfraestruturas originais.

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Se quiserem saber mais sobre Salamanca aqui ficam os dois outros posts do meu blog: Onde comemos em Salamanca e Dicas para uma visita a Salamanca e um vídeo no meu instgram  https://www.instagram.com/p/CurIdG6o2fR/.

Um beijo,

Káká

12 de Julho, 2023

Dicas para uma visita a Salamanca

Salamanca, logo juntinho à fronteira com Portugal. Uma cidade universitária, com muita vida, um centro histórico muito bonito e uma Plaza Mayor magnífica.

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Em Outubro do ano passado tinha estado em Salamanca com o meu pai, gostei tanto que este ano decidi regressar com as minhas amigas. Procurávamos um sítio para passar um fim-de-semana. Começamos por ver voos para alguns sítios mas os preços e horários não iam de encontro ao que pretendíamos até que... sugiro Salamanca. Uma viagem de 3h30 de carro desde o Porto e voilà, estamos em Salamanca. Acho que foi uma boa escolha. Não estou habituada a conduzir durante tanto tempo e nunca tinha conduzido fora de Portugal, mas uma coisa vos garanto, embora as nossas estradas sejam pagas, dão 10 a 0 às estradas pelas quais passamos em Espanha.

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Salamanca é "já aqui ao lado" e, para quem tem um par de dias livres, é um excelente destino. Não fica muito longe, tem muito para visitar e acho que é uma cidade muito bonita. Quando fui o ano passado tínhamos mais dias disponíveis  para passear e, por isso, tivemos tempo não só para visitar a cidade calmamente como para no dia de regresso pararmos na Cidade Rodrigo que, embora pequenita, é uma cidade engraçada com um museu muito fora do comum: o Museo del Orinal. Para além disso, fizemos o caminho de regresso pela zona do Douro e não pela autoestrada. Desta vez foi apenas um fim-de-semana, por isso, tivemos de ser mais eficazes na chegada e no regresso.

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Em ambos os passeios estacionamos o carro num parque gratuito na P.º del Progreso, 1, 37008 Salamanca, Espanha, onde ficou durante todo o tempo que lá estivemos. Saímos do carro e seguimos rumo ao alojamento. Ao atravessar a ponte Enrique Estevan somos logo deslumbrados por uma vista magnifica.

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Quando fui com o meu pai, optamos por ficar alojados num apartamento. Desta vez ficamos no Revolutum Hostel Salamanca, marcamos pelo booking. Se já achava que da última vez o alojamento tinha uma localização óptima (5 minutos a pé da Plaza Mayor), desta vez ficamos ainda melhor, a 2 minutos da Plaza Mayor. Eramos 4, ficamos num quarto privado com casa de banho privada. Para além disso, o preço inclui pequeno-almoço que, embora seja extremamente simples, tem o essencial: pão, leite, cereais, café, queijo e manteiga.

Comparando as duas alturas em que fui, ou seja, início de Outubro e início de Julho, penso que Outubro é uma opção muito melhor. Salamanca é uma cidade universitária e, sendo Outubro um período de aulas, sente-se muito mais o ambiente universitário. Para além disso, em Outubro, estivemos na cidade em dias úteis e estavam muitos mais edifícios da universidade abertos. Era possível entrar para explorar um pouco mais e observar todo o movimento dos estudantes que estavam em aulas.

Algo que acho bastante positivo é que em Salamanca quase todos os locais a visitar têm certos dias/horários em que as visitas são gratuitas. Assim, numa viagem bem planeada poderão visitar quase tudo gratuitamente. Aconselho que antes de começarem qualquer visita pela cidade se dirijam ao turismo, fica na Plaza Mayor. Irão receber um mapa e umas folhas com os horários e preços de praticamente todos os locais que podem visitar. Podem ainda descarregar a aplicação de Salamanca que tem alguns roteiros que podem seguir e áudios a contar um pouco da história.

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Nas duas visitas que fiz tivemos abordagens diferentes. O ano passado, o meu pai e eu, optamos por visitar a cidade por nós próprios. Para ter uma ideia dos pontos mais interessantes e conhecidos da cidade, seguimos algumas sugestões de um dos roteiros da aplicação e fomos ouvindo os áudios.  Tivemos também bastante tempo para andar apenas a vaguear pelas ruas da cidade. Desta vez, as minhas amigas e eu decidimos fazer uma free walking tour (já só havia disponível em espanhol) na manhã de sábado. Ora bem, sinto que a primeira abordagem foi a melhor. A walking tour foi muito longa, até acabamos por vir embora antes do fim. Quando marcamos a indicação era que iria durar 1h45, quando viemos embora já ia em cerca de 2h e ainda faltavam alguns pontos. Claro que na free walking tour nos dão muito mais informação sobre a cidade do que na aplicação, no entanto, para mim, acho que a da aplicação é suficiente e não se torna tão cansativo. Um ponto positivo da free walking tour foi que recebemos uns vales para uma pequenas degustação de ibéricos (fiquem à espera do post sobre os locais onde comemos) e 5% de desconto nessa loja.

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Gosto tanto desta cidade que quase pondero ir para lá fazer um Doutoramento, só para viver aquele ambiente universitário, estudar naqueles edifícios bonitos e ter o meu nome escrito numa das paredes da Universidade quando o terminar.

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Ficam aqui outros dois posts sobre Salamanca: um sobre o que visitamos, outro sobre onde comemos.

Fica aqui um pequeno video da viagem https://www.instagram.com/p/CurIdG6o2fR/.

Um beijo,

Káká

05 de Julho, 2023

Estacionamento em Bari e arredores

Estacionamento

Na minha opinião, Itália é um país magnífico cheio de localidades extremamente bonitas. No entanto, é também um país onde o estacionamento é caótico. Primeiro, existem inúmeras ruas que são exclusivas a moradores. Basta uma placa escapar, ou seja, entrar numa dessas ruas que se pode logo ficar à espera de uma multa. Ao alugar carros o problema nem é só a multa, são mesmo os custos administrativos que são necessários pagar à Rent a car por causa do processamento da mesma. Uma vez que no passado já sofremos com isto, desta vez prestamos muito mais atenção a todas as placas. Acabamos quase sempre por optar por estacionar em parques de estacionamento. Embora não fique barato, achamos que é a melhor opção para não receber ínumeras multas. 

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Em Bari, deixamos o carro durante a noite no Parcheggio Saba Porto (Corso Vittorio Veneto, 5, 70123 Porto BA) . A tarifa para mais do que 4 horas (penso eu) são €5.50, mas atenção, supondo que colocam o carro às 21h30 de um dia e só o retiram às 9h do dia seguinte, pagarão as 2h30 do primeiro dia mais os €5.50 do dia seguinte.

Em Matera, colocamos o carro no Parcheggio Piazza Cesare Firrao (Piazza Cesare Firrao, 75100 Matera MT) onde se paga €1 por hora. Este parque é um pouco estranho. Ao entrar, a matrícula fica registada e não sai nenhum papel. O pagamento é efetuado no fim, numa das máquinas, identificando o carro pela matrícula.

Em Polignano a Mare, o carro ficou num parque de estacionamento ao ar livre cuja tarifa são €5 independentemente do tempo que lá se ficar. 

Em Alberobello, existem dois parques mesmo próximos da zona pedestre. Um é um parque de terra, que tinha bastantes lugares livres, com o custo de €6  independentemente do tempo que o carro fique lá. O outro, um pouco mais à frente, é um parque de parquímetros que custa €2 à hora.

Em Monopoli, foi o local mais fácil de estacionar. Havia ainda alguns lugares (pagos) livres na rua onde podiamos estacionar.

Mais sobre Bari e arredores: Os nossos dois dias por Bari e arredores

Poderão encontrar um mini vídeo sobre estes dias em https://www.instagram.com/p/CuNWn5vISSL/.

Um beijo,

Káká

02 de Julho, 2023

Os nossos dois dias por Bari e arredores

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No regresso da nossa viagem à Albânia uma das opções que tínhamos era fazer escala em Bari. Nem eu, nem os meus pais conhecíamos esta zona de Itália. Assim, pareceu-nos uma excelente ideia não só fazer lá escala, como passar lá dois dias.

E o que é que eu tenho a dizer? Itália nunca desilude! Regressar a Itália depois de lá ter feito Erasmus o ano passado, foi maravilhoso. Nem 48 horas para explorar aquela zona tivemos mas, mesmo com alguns percalços, deu perfeitamente para irmos a todos os locais que tínhamos planeado.

Aluguer de carro

Tendo em conta que não iríamos lá estar muito tempo, decidimos alugar um carro. Para além disso, caso tivéssemos optado por andar de transportes, iríamos ter de andar com as malas atrás de nós no segundo dia. Isso, ou pagar um balúrdio por cacifos. Ora bem, a experiência com o carro desta vez não foi a melhor. Alugamos o carro através do Booking na Rent a car Goldcar e, não aconselho de todo esta Rent a car. Tivemos um pequeno problema com o horário do pick up e os funcionários foram completamente inflexíveis. Só davam sugestões que nos levariam a pagar mais, mesmo quando havia outras soluções, enfim...

Por onde andamos

Chegados a Bari e, tendo em conta os percalços com o carro, fomos de autocarro até ao centro histórico. Existem diversas opções para lá chegar: táxi, comboio ou autocarro. Considerando o tempo/custo, o autocarro pareceu-nos a opção mais indicada (€4 por pessoa)Pousamos as tralhas no alojamento que ficava numa daquelas ruazitas mesmo típicas e fomos procurar onde almoçar. Acabamos por nos sentar no restaurante La Cantina dello Zio que eu recomendo bastante. Comida boa, em conta e funcionários extremamente simpáticos. Claro que, como em quase todos os restaurantes em Itália, tivemos de pagar o coperto. Contudo, para além de uma entradita, fomos surpreendidos por shots de limoncello no final da refeição. 

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Seguimos o nosso passeio pelas ruas pitorescas e com recantos bonitos de Bari e fomos até à Via Arco Basso. Uma rua onde estão senhoras a fazer massa. Achei o máximo! Na verdade, a senhora da foto, não estava nessa rua mais famosa. Estava ao pé do nosso apartamento e encontramo-la no segundo dia de manhã. Foi lá que compramos os nossos orecchiette.

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Passamos também pela parte nova, mais concretamente pela rua mais comercial, fomos buscar o carro e seguimos caminho para Matera.

Desde o último filme do 007, "No time to die", que tinha ficado com a pulga atrás da orelha para visitar esta cidade. Para quem não sabe, parte do filme foi lá gravado.

Matera foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1993. Na zona histórica encontram-se placas com alguns roteiros e, tendo em conta as nossas limitações de tempo, optamos pelo roteiro turístico. Adorei passear por aquele centro histórico e, não vou mentir, até meio que me senti num filme! Não estava muita gente, foi mesmo caminhar pelas ruelas e apreciar o que nos rodeava. A minha mãe e eu só dizíamos que gostaríamos de ter mais tempo para ficar lá a jantar e dormir para podermos desfrutar a 100% daquela cidade que, para ser franca, me surpreendeu muito. Eventualmente esse plano ficará para mais tarde, talvez na minha reforma. Voltar a Matera, passar lá uma ou outra noite e imitar dois casais já assim mais velhos que vimos. Estavam num café com uma envolvência até diria inspiradora, a beber um belo copo de vinho num fim de tarde relaxante. Uma vez que, infelizmente, as férias não são infindáveis e ainda havia outros locais que queríamos ver, não foi possível desfrutar mais calmamente desta cidade muito bonita. Um conselho apenas, levem um calçado que seja bastante aderente, pois em Matera existem alguns locais onde o chão é um pouco escorregadio.

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Nesse dia, acabamos por jantar em Bari e digo-vos uma coisa, se gostava de ter ficado mais tempo em Matera? Gostava! Se adorei todo o movimento noturno de Bari e acho que jantar por lá foi uma boa opção? Também acho! Se de tarde não vimos muita gente a passear, à noite parecia que toda a população de Itália se tinha deslocado a Bari. Muita gente na rua! Na verdade, muitos Italianos na rua! Como a minha mãe andava desejosa por comer uma pizza, fizemos uma escolha seguríssima e fomos à L'Antica Pizzeria Da Michele. Para quem não sabe é a famosa pizzaria do filme "Comer, Orar e Amar". Quer dizer, a original é a de Nápoles, esta é apenas um franchising. Como já esperávamos, comemos muito bem. A fila de espera ainda era grandita, mas andou bastante rápido. Surpreendeu-nos o facto de que grande parte das pessoas que ali jantavam eram de facto Italianas, ou seja, a pizzaria poderá ter ficado famosa pelo filme, mas de facto as pizzas são bastante apreciadas até mesmo pelos locais. 

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A seguir ao jantar fomos a uma gelataria que já me tinha chamado à atenção quando chegamos. A fila que se fazia à porta à noite, confirmava que eu tinha razão em escolhe-la como local para a nossa sobremesa.  Fomos à Antica Gelateria Gentile. Apesar do gelado ser bom, sinto que podia ter escolhido um sabor que fosse mais a minha cara.

No segundo dia, fomos a Polignano a Mare e, mais uma moedinha, mais uma cidade pitoresca bem bonita. Para além do centro histórico, existe também uma zona de praia muito engraçada mas, na minha opinião, nada prática para fazer praia. Aconselho vivamente uma compra na La focacceria di Delle Noci Marco, a melhor focaccia que algum dia comi. Divinal mesmo! 

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Seguimos caminho para o quarto e último local que tínhamos planeado ver nestes dois dias. Fomos até à cidade das "trulli", umas construções com telhados cónicos. Que é como quem diz, fomos até Alberobello. Uma cidade  também classificada pela UNESCO como Património Mundial em 1996. Este é sem dúvida um local completamente turístico, com muitas muitas lojinhas de souvenirs. No entanto, não deixa de ser uma cidade muito muito fofa. Pessoas como a minha mãe, que se perdem em lojas, ficam maravilhadas não só pela beleza do local, mas também pelas lojinhas. Como é mais que óbvio a minha mãe e eu, entramos em várias lojas e, na maioria, o meu pai ficou sentado na rua à espera. Mas na loja Nice to Bì, nem o meu pai resistiu e entrou para fazermos algumas compritas todos juntos. Os senhores são muito simpáticos e bons vendedores. A minha mãe por ela tinha trazido todos os licores e uma quantidade abundante de especiarias. Quanto ao nosso almoço, uma verdadeira desilusão. Estávamos já a ficar com algum apetite e os restaurantes já estavam um pouco cheios. Quando a certa altura os meus pais viram um restaurante com preços em conta e que tinha uma placa que indicava que tinha recebido um prémio de excelência (penso que o ano passado). Contentes, sentamo-nos e fizemos o nosso pedido. A primeira desilusão foi quando a minha mãe recebe a salada caprese. Quando se pede uma salada que custa €12 e é mais cara do que muitos dos pratos do menu, espera-se algo bem composto. Pois bem, era meio tomate verde cortado às rodelas com dois nicos de mozzarela e não estou mesmo a exagerar. A desilusão continua quando a massa que tinha pedido, os famosos orecchiette, parecia estar meia ressequida. Insatisfeita com o que nos estavam a servir, quando supostamente até receberam um prémio, decidi ir ver a avaliação do restaurante ao google, bem uma vergonha mesmo! O meu conselho é... por favor não vão ao Bar Bistrot Pierino. Chego mesmo a achar que aquele quadro com o certificado de distinção foi feito por eles. Fui procurar sobre aquele prémio à internet e o restaurante não aparecia na lista. Desconsolados com o almoço, fomos em busca de um gelado. 

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Já tínhamos dado um belo passeio por Alberobello e ainda faltava algum tempo para o nosso voo, assim, optamos pelo caminho junto à costa e paramos em Monopoli. O centro histórico de Monopoli é muito mais pequeno e com muito menos recantos bonitinhos do que o dos outros locais por onde passamos. Contudo, tem uma catedral espectacular. Foi um sítio agradável para um passeio de despedida das férias. Como em seguida iamos para o aeroporto e, para não jantarmos num dos restaurantes de lá, decidimos comprar umas sandes na Porchetteria em Monopoli e levá-las connosco. Foram uma agradável surpresa!

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Escrevi também um post sobre o estacionamento caótico em Itália, mais concretamente, sobre as zonas por onde andamos. Aqui fica o link: Estacionamento em Bari e arredores

Poderão encontrar um mini vídeo sobre estes dias em https://www.instagram.com/p/CuNWn5vISSL/.

Quando não souberem onde ir de férias, Itália é sempre uma excelente ideia!

Um beijo,

Káká