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As viagens da Káká

"It's a big world out there, it would be a shame not to experience it." - J. D. Andrews

As viagens da Káká

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29 de Outubro, 2023

Luxemburgo - A minha casa por três meses

Olá, olá, este post vai ser sobre a minha experiência não 100% de sonho no Luxemburgo.

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No fim de Janeiro de 2023, fiz as malas e mudei-me durante três meses para o Luxemburgo para fazer um estágio para a minha tese de Mestrado. No entanto, tudo começou em meados de Outubro com a procura de alojamento. Bem, que loucura! Arranjar casa no Luxemburgo é caótico, especialmente para um período menor que 6 meses e para quem tem apenas um contrato de estágio.

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Comecei a minha procura na Internet e deparei-me com preços elevadíssimos dos quarto. Contudo, eles lá também têm ordenados excelentes. Apesar de eu não ter recebido propriamente um ordenado, tive direito a algumas bolsas que foram essenciais. Assim, o problema não era o valor da renda, mas sim a taxa da agência e o depósito. Na maioria dos casos, para além da renda é preciso pagar uma taxa inicial que é a renda mais IVA (na altura 17%) e um depósito equivalente a dois meses. Tendo em conta que a maioria dos quartos que via rondavam os €900/€1000, façam as contas... E sim, estou a falar de valores para um quarto numa casa e não uma casa completa. Mas vá, continuando... Um certo dia, depois de algumas semanas de pesquisa, achei que tinha encontrado um quarto fixe numa agência que me tinham recomendado. Lá fiz o pedido de reserva através do site pagando um certo valor (já não me recordo quanto) e pensei: "Pronto, problema resolvido. Finalmente arranjei casa.". Qual não é o meu espanto quando um ou dois dias depois recebo um email a pedir o meu contrato de trabalho e cópia dos meus últimos recibos de vencimento para comprovar que conseguiria pagar a renda. Ora bem, ainda nem tinha sequer assinado o contrato de estágio e muito menos tinha recibos de vencimento. Expliquei a situação por email e perguntei se o meu pai poderia ser o meu fiador. Sabem o que aconteceu? Nunca mais obtive resposta! Sim, devolveram-me o valor que já tinha pago, mas nunca mais me disseram nada. Bem, a pesquisa continuou e sabem o que é que é mais interessante naquele país? É que veem um quarto disponível num dia e, no dia a seguir, já foi arrendado. Não há praticamente hipótese de marcarem uma visita online para verem o espaço. Bem, a minha pesquisa continuou. Na verdade, na zona das faculdades existem algumas residências que pareciam interessantes (qualidade / preço). Contudo, ficavam a uma hora e tal de transportes do sítio do meu estágio que era mesmo na cidade do Luxemburgo. Passado uns tempos, encontrei um quarto numa casa que ficava a apenas 10 minutos de autocarro do estágio. Pelas fotos o quarto parecia fixe e o resto da casa também parecia ok. Assim, lá fiz a reserva, paguei a primeira renda (€880) e a taxa da agência (neste sítio era mais barato que o normal). Tudo ok.

Quando lá cheguei, no fim de Janeiro, que choque de realidade. Apesar do quarto até ser jeitosito, deparei-me com mais 4 inquilinos homens, a maioria mais velhos que eu, que não sabem tratar de uma casa. O chuveiro quase não deitava água, a máquina de lavar a roupa estava estragada e rasgava a roupa,... E o que é que eles faziam acerca disto? Pois bem vou-vos contar o que um deles me respondeu quando perguntei se só saía aquela quantidade ridícula de água do chuveiro: "Tens de colocar a torneira neste preciso sítio que sai um bocadinho mais de água" (continuava a ser um fio ridículo de água, quase impossível lavar o cabelo). E quando perguntei se a máquina estava estragada e se a roupa deles também estava a sair estragada "Sim, tenho alguns lençóis que estão rotos, mas se colocares pouquinha roupa na máquina não estraga tanto." COMO ASSIM VOCÊS VIVEM AQUI COM ESTAS CONDIÇÕES E NÃO SE MEXEM PARA TENTAR ARRANJAR NADA? BASTA DIZEREM À AGÊNCIA.

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Pequeno à parte, alguns deles viviam lá há tipo 4 anos. Peguei logo no telemóvel e enviei email a queixar-me de tudo o que estava errado. Havia mais coisas erradas, mas estas duas eram as piores. A máquina de lavar arranjaram logo, já a água foi uma enorme batalha e nunca ficou a 100%.  Problemas estruturais à parte, ELES ERAM UMA NÓDOA NA LIMPEZA, ou melhor, nem limpavam. Então era assim, havia uma pessoa contratada pela agência que, uma vez por semana, ia lá a casa fazer limpezas (um pouco fraca na verdade), no dia seguinte a cozinha e o wc já estavam o caos, principalmente o chão. Vou-vos contar uma história para verem o quão péssimos os outros inquilinos eram em relação à limpeza. Um certo dia estava eu a cozinhar e ao descascar cebola e etc foram-me caindo coisas para o chão e o que é que eu fiz? Peguei no aspirador para limpar o que tinha deixado cair. Um deles entra na cozinha e o seguinte diálogo aconteceu:

- O que estás a fazer?

- Deixei cair aqui umas cascas e estou a limpar.

- Ah não precisas de fazer isso, a senhora da limpeza vem daqui a dois dias.

Já perceberam a ideia não já? Tenho muitas outras histórias dos tempos naquela casa de malucos, mas acho que fico por estas. Agora rio-me. Não é que na altura chorasse, também me ria um pouco, mas só por saber que aquilo tinha um fim em breve. Conclusão, não fiquei amiga de nenhum deles.

Quanto ao estágio, gostei muito, trabalhei para a minha dissertação e foram todos bem simpáticos para mim. Sabem a que horas é que o meu chefe optava por começar a trabalhar? Às 6h00. Por escolha própria, ninguém o obrigava! Meu Deus! 

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Como já referi, não fiz nenhuma amizade naquela casa e no estágio, apesar de serem todos top e preocupados comigo, já eram todos mais velhos e tinham as suas famílias, ou seja, acabei também por não fazer propriamente amigos. Conclusão, acabei por ficar um pouco sozinha. Ponto positivo em Fevereiro e Março tive imensas visitas de amigos. Para além disso, a irmã do namorado de uma amiga minha mora lá com o marido e filhas e acabei por os conhecer. As filhas são umas fofas e todos me acolheram muito bem!

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Apesar da maioria das coisas que eu escrevi não terem sido muito animadoras, no fim de contas acho que foi uma boa experiência para também ficar a conhecer outras realidades e tornar-me mais desenrascada.

Se querem saber o que ver no Luxemburgo, onde comer e ideias para algumas viagens de um dia/ fim-de-semana, fiquem a aguardar os próximos posts

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Para mais sobre o Luxemburgo:

Luxemburgo - Informações aleatórias

O meu instagram

Um beijo,

Káká

22 de Outubro, 2023

Um fim-de-semana em Bordéus - Roteiro

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Tal como já referi no post anterior (Um fim-de-semana em Bordéus - Introdução), em Setembro passei um fim-de-semana em Bordéus com umas amigas de família. Neste post poderão descobrir um pouco mais sobre o nosso roteiro essencialmente delineado pela Bea.

 

Sexta

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Tendo em conta a hora a que chegamos já só tivemos oportunidade de ir jantar. Onde é que acham que jantamos às 23h? Exatamente, no Mcdonald's. Estava aberto, era relativamente perto do nosso alojamento e acabou por ser a nossa escolha para algo rápido antes de dormir.

 

Sábado

Tal como referi no post anterior, no local onde ficamos alojadas o pequeno almoço não estava incluído no preço, contudo, poderia ser adicionado à parte. Optamos por não o fazer e fomos até ao Books & Coffee para comermos algo. Bem, que maravilha! Uns croissants maravilhosos e umas cookies de comer e chorar por mais. Aconselho vivamente! Vá, o sumo natural de laranja não era grande coisa.

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Juntam 5 mulheres numa viagem (a Elisabete ainda não tinha chegado) e o que é que fazemos durante grande parte nossa manhã? Entrar em todas as lojinhas na rua do Books & Coffee (26 Rue Saint-James). Se compramos muita coisa? Não! Se vimos coisas muito giras e fora da caixa? Sim!

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Após vermos coisas muito interessantes, foi tempo de seguir caminho e fomos até à Porte Cailhau.

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Atravessamos a porta e fomos observar a Pont de Pierre. A primeira ponte construída em Bordéus. A construção foi impulsionada por Napoleão I e uniu as duas margens do Garonne numa única cidade. Em seguida, uma caminhada levou-nos até ao Miroir d'eau. Classificado como património mundial contemporâneo, esta atração varia entre efeitos de espelho e de nevoeiro, tudo através de água. Ainda passamos lá algum tempo a tirar fotos e a observar dois meninos pequeninos  (muito fofos) a brincar na água.IMG-20230924-WA0064.jpg

Em seguida, com bastante window shopping, fomos até Saint-Pierre, também conhecido como o coração da cidade velha de Bordéus. Seguimos caminho pela rua de Santa Catarina (tal como no Porto é uma rua com as mais variadas lojas de roupa) e chegamos à Ópera Nacional. Pelo caminho passamos pelas Galerie Bordelaise e foi  aqui que nos apercebemos que teriamos de nos despachar para almoçar se queriamos chegar a tempo à prova de vinhos que tínhamos marcado para as 15h.

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Bem, um filme para almoçar! Acabamos por nos sentar num Paul, uma cadeia de padarias internacional. Comemos umas sandes, fomos até ao metro (pois o nosso destino não era muito central) e após alguns percalços chegamos à Cité du Vin para fazer uma prova de vinhos. Que desilusão. Não aconselho nada. Aliás, acho que nenhuma de nós aconselha. Uma vez que decidimos marcar a prova muito em cima da hora, já só arranjamos vaga na Cité du Vin. Ainda procurei experiências mais "caseiras" mas já estava tudo esgotado. Por isso, MARQUEM COM ANTECEDÊNCIA. Infelizmente, a nossa experiência na Cité du Vin não foi muito boa. Entramos para uma sala onde estavam outras pessoas e um senhor e explicar todos os passos para se degustar o vinho. O workshop era dado em Francês e para quem não falasse a língua poderia usar uma espécie de iPod para acompanhar. Problema: eu achava que o que iriamos ouvir no iPod era a tradução em tempo real do que o que o senhor dizia. No entanto, não era! Eram umas gravações! O que tornava tudo muito menos intimista e algo aborrecido e confuso. Para o que nós lá fomos fazer mais valia estar em casa a ver um vídeo de youtube sobre o tema e ter três copos de vinho à frente para ir acompanhando. Maior desilusão ainda, estavamos em Bordéus, seria de esperar que a degustação fosse apenas de vinhos da região e... NÃO ERA. Dos três que tínhamos à nossa frente apenas um era de lá. Os outros nem franceses eram! Enfim... não aconselho.

Desanimadas com a experiência, fizemos uma caminhada de cerca de 30 minutos (na verdade tendo em conta o passo de algumas das senhoras foi mais demorada) até ao Bassins des Lumières. Neste local é possível ver exposições imersivas que vão mudando ao longo do tempo. Durante a nossa estadia a que estava ativa era a de Dali, l'énigme sans fin / Gaudi, Architecte de l'imaginaire. Existem bilhetes com vários valores e, atenção, no bilhete de família as pessoas até aos 25 anos são consideradas "crianças". Acabamos por comprar um bilhete de família (que dava para quatro) e dois bilhetes inteiros que, naquele fim-de-semana, quando comprados online, tinham um desconto. No final de tudo acabamos por pagar €10.17 por pessoa. Apesar das pinturas de Dali serem algo "perturbadoras", a experiência valeu super a pena. Para além de vermos imagens das obras de Dali e de Gaudi tínhamos acesso a uma espécie de vídeo dentro de um cubo que tinha cheiro a "gente", mas imagens muito fixes.

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Desta experiência saímos animadas, fomos a pé até ao metro e regressamos ao centro para jantar, passando novamente pela Ópera.

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Bem, arranjar restaurante não foi fácil. Éramos 6 e a maioria estava cheio. Contudo, quase todos eles trabalham com maracação, por isso aconselho muito que antes de irem para Bordéus, se forem mais do que duas pessoas, façam um estudo dos restaurantes que gostavam de ir e marquem online. Acabamos por jantar no Restaurant LouLou, com uma esplanada muito agradável. Gostei bastante! Pedimos uma degustação de queijos (que está na parte das sobremesas mas que não nos sentimos julgadas por pedir como entrada). Depois eu e a minha mãe dividimos o tataki de atum (muito bom) e o esturjão que vinha acompanhado com uma batata doce maravilhosa! É assim, as porções não são muito grandes e não são muito baratas mas uma coisa vos digo, a meu ver, os pratos são muito bons! A água é oferta da casa.

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Após o jantar, fomos dar um passeiozito e acabamos por passar no espelho de água novamente. IMG-20230924-WA0330.jpgDomingo

No domingo, optamos por dar mais umas voltinhas no centro e desfrutar um pouco mais da cidade. Para não termos de voltar ao hostel (visto que não era extremamente central) optamos por andar com as mochilas atrás de nós. Como é óbvio... voltamos a tomar o pequeno almoço no Books & Coffee.

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Logo na porta ao lado (direito) tem uma pastelaria que pertence ao café e, após o pequeno almoço, fomos lá comprar um brioche feuilletée para trazer para o Porto. Era muitíssimo bom. 

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A seguir ao pequeno almoço caminhamos lentamente em direção à Catedral San André e, em seguida, queriamos subir à Torre Pey Berland. No entanto, era necessário marcação. O próximo horário disponível era às 12h, marcamos e fomos dar mais uns passeios a pé. A grande vantagem de termos lá passado foi o facto de os senhores serem uns simpáticos e nos terem deixado pousar lá as mochilas. Foi um alivio para os ombros! Ao domingo a maioria das lojinhas está fechada, por isso, o window shopping foi mais reduzido. Passamos numa Toque Cuivre para provar os doces típicos, as Canelés. Não gostei nadinha, mas houve quem gostasse. Já tinha lido na internet e uma senhora local disse-nos que é nas Toque Cuivre podemos encontrar a melhor relação qualidade/preço para as canelés. De facto são bem mais baratas do que noutros sítios por onde passamos.

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Entretanto voltamos para a torre e subimos. A duração total da visita foi cerca de 30 minutos. São bastantes escadas! Até aos 25 anos a entrada é gratuita para residentes da União Europeia. No entanto, não achei a vista nada de outro mundo.

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Uma vez que convinha estarmos no aeroporto por volta das 16h15/16h30 e ainda tínhamos uma viagem de 40 minutos de metro pela frente, a seguir à torre fomos almoçar. Por indicação de uma senhora local com quem conversamos na rua (a mesma que nos indicou a Toque Cuivre) marcamos (online) o almoço para o restaurante Melodie. Também nos tínha sugerido os restaurante BerthusLes Drôles. No entanto, quando íamos a marcar já estavam cheios. O restaurante era muito fixe e por €23 tívemos direito a entrada, prato principal e sobremesa. A água e o vinho fizeram a conta encarecer. Existem apenas 4 opções quer para as entrada,quer para os pratos e sobremesas. Assim, nas entradas e nas sobremesas, optamos por pedir um de cada e repetir aqueles que tinham mais adesão. Deste modo, tivemos oportunidade de provar um pouco de tudo. Já para o prato principal, cada uma pediu aquilo que preferia. Fui agora mesmo ver o menú para me tentar lembrar do nome dos prato que pedimos, no entanto, aperccebi-me que estes vão mudando ao longo do tempo. Assim, apenas posso dizer que, para o meu gosto, as entradas e o prato eram bon, já as sobremesas não adorei.

Logo a seguir ao almoço fomos até à estação de metro e apanhamos um metro direto para o aeroporto.

Enfim, um belo fim-de-semana!

Aqui fica um pequeno vídeo da viagem: https://www.instagram.com/p/CxlguQMorfR/

Um beijo,

Káká

 

15 de Outubro, 2023

Um fim-de-semana em Bordéus - Introdução

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A amiga de família que diz muitas vezes 'Eu quero é ir!', num belo dia de Maio (penso eu) disse:

- E se fizemos uma viagem de "gajas"?

Ao que eu respondo:

- Espera lá, vou aqui ver no site da Skyscanner onde podemos ir numa sexta à noite e voltar domingo ao fim do dia por um preço razoável. 

E assim nasceu a ideia de irmos a Bordéus. A minha mãe alinhou logo e perguntamos a mais 3 amigas de família que alinharam também. Tinha de ser um fim-de-semana pois as férias de todas para durante o ano já estavam mais ou menos planeadas. 

Então assim foi. Marcámos  os voos pela Easyjet. Saímos do Porto sexta às 19h15 e o nosso voo de regresso foi no domingo às 18h. Pagamos cerca de €60 por pessoa ida e volta (só com mochila) para um fim-de-semana em Setembro.

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Tudo muito bonito mas... e alojamento em Bordéus? Caríssimo! Eu, Catarina, pessoa forreta que tenta sempre procurar os melhores deals para alojamentos (embora muitas vezes possa sair ao lado) comecei a procurar e sugeri: "E se ficássemos todas no mesmo quarto? Arranjei aqui um que é num hostel. No entanto, uma vez que somos 6 ocupamos o quarto todo.  Temos casa-de-banho privada, a localização é aceitável e fica muito mais barato do que tudo o resto que vi até agora. Cerca de €30 por pessoa por noite (sem pequeno almoço).". E não é que a minha sugestão foi bem aceite por todas? Ficamos no MEININGER Hotel Bordeaux Gare Saint-Jean e tivemos a sensação que havia mais grupos como o nosso que tiveram a mesma ideia que nós, partilhar o quarto entre todos para ficar mais económico. O hostel não era super central mas deu para fazermos praticamente tudo a pé. E... desta vez, não saiu ao lado, acho que todas achamos que qualidade preço foi uma excelente opção.

Voos relativamente económicos, alojamento económico mas e o trajeto Aeroporto-Centro quando se chega a Bordéus às 21h50? Foi, a meu ver, caríssimo! Durante a maior parte do dia existem, pelo menos, três maneiras para fazer a viagem Aeroporto-Centro. Se a intenção é mesmo ir para o centro, o metro é a melhor opção, são 40 minutos e custa €1.80. Para nós esta não era uma opção muito válida para a chegada. O nosso hostel não era mesmo mesmo no centro e, portanto, a viagem de metro era mais do que uma hora, com uma pequena caminhada à mistura e ainda queríamos ir jantar. Existe também uma Navette que vai do aeroporto até à Gare em 30 mins. Se bem me recordo era €12 ida e volta. Aqui até seria uma boa opção para nós pois o nosso alojamento era relativamente perto da Gare. Problema: à hora a que chegamos já não havia serviço de Navette. Última opção, a escolhida e menos económica de todas Táxi, Uber ou Bolt. Fomos num táxi XL, pagamos €70, o que equivaleu a €14 euros por pessoa (a nossa amiga impulsionadora da viagem não chegou ao mesmo tempo que nós). Um balúrdio! A vantagem foi que ficamos mesmo à portinha do hostel.

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Relativamente a Bordéus mesmo, é uma cidade pequenita e óptima para passar um fim-de-semana. Comida boa e carota e vinho que não sei muito bem apreciar mas que acho que elas gostaram. No entanto, se tiverem oportunidade de passar lá mais alguns dias existem alguns sítios na costa que, pelo que já ouvi dizer, valem muito a pena. Estou a falar da Duna do Pilat, a mais alta da Europa e a Baía de Arcachon para comer umas belas ostras. Na verdade são a 16 minutos de carro um do outro, mas a 56 minutos de carro de Bordéus centro da cidade.

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E aqui ficam com uma introdução à nossa viagem. Fiquem a aguardar pelo próximo post para saberem o que visitamos e onde comemos.

P.s.: Se forem como eu e são daqueles que adoram comprar ímans de todos os sítios onde vão, preparem-se os ímans não são nada baratos nesta terra. Os mais baratos que encontramos foi no aeroporto (surpreendente não?) por €3.90.

Aqui fica um pequeno vídeo da viagem: https://www.instagram.com/p/CxlguQMorfR/

Um beijo,

Káká

 

08 de Outubro, 2023

5 dias pelas Astúrias e um pouco mais - Onde comemos

Ora muito bem... Se quiserem comer bem numas férias, as Astúrias poderão ser uma boa escolha de destino. Agora é assim, preparem-se! As doses são gigantes. Pelo menos esta foi a nossa experiência. Fazer várias refeições seguidas em Espanha implica uma intensa estratégia em termos de escolhas de fritos. Muita da gastronomia envolve coisas fritas e comê-los em demasia torna-se algo cansativo e enjoativo.

No primeiro dia de viagem, tal como já referi em 5 dias pelas Astúrias e um pouco mais - Roteiro, paramos na Corunha. Aqui optamos por um almoço económico. Fomos até ao La Bombilla. Compramos umas sandes, uma dose de tortilla e uma croqueta e fomos comer para a praia. Este local foi bom e barato!

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Seguimos viagem e, mais ao fim da tarde, paramos no El Nordés del Silencio, um barzito com uma vista muito fixe. Aqui decidimos provar a típica sidra Asturiana e... ODIÁMOS! Nenhuma de nós é muito fã de sidra, mas esta conseguiu ser pior do que o que esperávamos. Um conselho, se forem viajar com mais gente, primeiro peçam apenas uma garrafa (são enormes) para experimentarem. Se gostarem, pois há quem goste, peçam mais. Não cometam o erro que cometemos: pedir uma garrafa para cada, 75cl, e ambas não gostarmos. Contudo, houve uma surpresa. A minha amiga Carolina decidiu pedir um cachorro e foi uma agradável surpresa.

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Tal como já mencionei no post anterior, chegamos ao alojamento já não muito cedo e cansaditas. Assim, optamos por jantar no restaurante que pertence ao hotel em que ficamos, o Hotel Entreviñes. Estava bastante cheio e notamos que muitas das pessoas que estavam lá a jantar não estavam alojados no hotel. E o que é que eu tenho a dizer? Staff simpático, doses bastante generosas, comida boa e bastante acessível. Pedimos um Chouriço assado em sidra e um Cachopo  (prato típico Asturiano). E acreditem, um Cachopo chega e sobra para duas pessoas... Bem, que dose!

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Nos Lagos Covadonga almoçamos num dos restaurantes locais, próximo do sítio onde param os autocarros. A vista é top! É assim, não comemos mal, mas também não foi nada de especial. Eu fui na mesma para um prato típico, a Fabada. Achei que vinha muito pobrezinha... muito feijão e poucos enchidos. A Carolina pediu as almôndegas e uma salada que alimentava quase uma família inteira. 

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Ao jantar fomos ao restaurante Casa Poli. Era giro e a comida bem boa. A partir daqui os nossos gastos em alimentação começaram a ultrapassar um pouco o nosso budget inicial... Começamos por pedir uns queijos asturianos de entrada. Uns eram deliciosos, outros bons e havia um que eu nem percebo como é que é possível alguém gostar! Como pratos principais pedimos os Tortos, huevos e picadillo e o Secreto Ibérico. Gostamos muito! Os Tortos, huevos e picadillo é um prato típico Asturiano e é delicioso. O que desiludiu um pouco foi a sobremesa, a Tarta de Queso. E só desiludiu a Carolina, pois eu já estava tão satisfeita que nem quis sobremesa.

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O terceiro dia foi o dia das praias e almoçamos num bar: o Chiringuito La Playa, na Playa San Antolín. Existe um outro bar que nos parecia ser melhor, mas não aceitava cartões. Na verdade o que fomos não foi assim tão mau como as reviews online dizem. Comemos vieiras que estavam boas, um chouriço assado na Sidra e uns Tortos, huevos e picadillo que estavam um pouco "atrás" dos que tínhamos comido no dia anterior.

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Ao jantar, fomos ao Parrilla El Chispero que ficava perto do nosso segundo alojamento. Bem, que restaurante bom! Estávamos um pouco apreensivas pois é daqueles que na entrada tem muitas imagens dos pratos e nós não achamos isso nada atrativo. No entanto, era perto de onde estávamos a dormir e decidimos dar uma chance. Valeu a pena! Ora bem, mesmo sem noções decidimos pedir uma tábua com iguarias típicas Asturianas e não só: Cachopo, Costillas, Tortos, Morcilla, Criolo, Lacón, Pollo, Croquetas de Jámon e 3 salsas. Tudo isto vinha acompanhado com uma taça gigante a abarrotar de batatas fritas muito boas e pimentos padrón. Vejam bem a foto abaixo! Mesmo assim acho que a foto não faz jus à realidade. Acreditem em mim, era uma quantidade absurda! Pois bem, tínhamos esta comida toda para DUAS pessoas! Claro que saímos de lá a "abarrotar" e levamos o que sobrou para o nosso almoço do dia seguinte. Aconselho! A tábua que pedimos foi o tamanho M, o mais pequeno que tinham, e dava mais que bem para 4 pessoas. No restaurante têm também uma tábua de Marisco com ótimo aspeto.

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Tal como disse, no quarto dia almoçamos o que sobrou do jantar anterior. Compramos pão e juntámos as carnes. Acreditam que mesmo assim não conseguimos acabar tudo? Bem, nesse dia ao jantar, para não estarmos a fazer mais km e como tínhamos gostado do El Chispero, voltamos lá. Desta vez não pedimos a tábua gigante, já tínhamos tido a nossa dose. Optamos por pedir navalhas que, sinceramente, estavam muito aquém do que o que eu esperava. Pedimos também calamares e uns secretos, que vinham acompanhados com as boas batatas fritas.

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O último dia, foi dia de regresso a casa. Fizemos uma paragem em Santiago e almoçamos no El Papatorio. Gostei muito. Pedimos umas Croquetas que estavam top. Na verdade, pedir Croquetas é quase sempre uma escolha certa! Para mim acabei por optar por Atum braseado que estava bastante bom. A Carolina optou pelos Montaditos. Quanto às sobremesas, pedi uma Tarta de Queso que não gostei muito. Não há tartas de queso como as que comi em Salamanca (Onde comemos em Salamanca). A Carolina pediu a Tarta de Santiago que era ok.

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Conclusão, comemos bem mas nem sempre muito barato! 

E assim acabam os posts sobre a minha última viagem das férias de Verão 2023.

Aqui fica um pequeno vídeo da viagem: https://www.instagram.com/p/CwYQKoPIstu/.

Um beijo,

Káká

01 de Outubro, 2023

5 dias pelas Astúrias e um pouco mais - Roteiro

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Bem, bem, bem, cá estamos novamente para falar um pouco mais sobre a minha viagem e da minha amiga Carolina às Astúrias e arredores. Tal como já mencionei no post anterior 5 dias pelas Astúrias e um pouco mais - Introdução, 5 dias não são de todo suficientes para visitar esta maravilhosa região. No entanto, neste post poderão descobrir um pouco mais sobre o nosso roteiro.

Dia 1: Caminha - Corunha -  Playa de Las Catedrales - Playa del Silencio - El Nordés del  Silencio

O primeiro dia foi muito longo em termos de kms percorridos. Apesar de termos começado o dia bem cedito, falhamos logo a hora de saída de Caminha. Já não me recordo bem qual era o nosso objetivo, mas penso que saímos cerca de 30 mins mais tarde e rumamos à Corunha. Esta cidade não faz parte da região das Astúrias mas sim da Galiza. Como é óbvio, mal entramos em Espanha aproveitamos para ir atestar o depósito a uma das bombas mais baratas das redondezas, a do Outlet Tui. A viagem Caminha - Corunha dura cerca de 2h15, no entanto, é preciso ter em conta que em Espanha é mais uma hora do que cá em Portugal. Chegadas à Corunha estacionamos o carro no Aparcamiento Maria Pita... parque de estacionamento horrível! Lugares super hiper mega apertados! Quase toda a gente que vimos necessitou da ajuda dos senhores que lá trabalham para estacionar/tirar o carro dos lugares. Um filme mesmo. Não aconselho! Demos um pequeno passeio pelo centro histórico que, na minha opinião, não tem assim muita coisa interessante. Compramos o almoço (o próximo post será dedicado à comida) e fomos para a praia almoçar e dar uns mergulhos. O tempo passou depressa e uma decisão teve de ser tomada. Tínhamos reservado "entrada" na Playa de Las Catedrales (https://ascatedrais.xunta.gal/monatr/inicio?lang=es) e tínhamos indicação de que deveríamos lá chegar entre duas horas antes da maré baixa até duas horas depois, para que fosse possível passear calmamente. Com maré cheia a praia fica bastante mais reduzida e sem grande areal. A nossa indecisão era se iriamos logo em direção à Playa de Las Catedrales e tínhamos a certeza que a iriamos conseguir visitar ou se visitaríamos primeiro a Torre de Hércules, o farol mais antigo do mundo que ainda se encontra em funcionamento. Visto que ir até à Corunha é relativamente fácil, principalmente para alguém que costuma passar férias em Caminha, com alguma pena por não ir ao farol, optamos por ir diretamente até à Playa de Las Catedrales (Galiza).

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Foi uma viagem ainda de cerca de 1h30 mas uma coisa vos digo, a praia tem uma beleza única. Ainda bem que decidimos ir diretamente para lá pois foi possível passear e tirar fotos com calma até que a maré ficasse mais cheia e deixasse algumas zonas interditas. Nesta praia existe apenas uma zona onde são permitidos banhos. Acho que uma visita vale muito a pena! No entanto, na minha opinião, é preciso encarar a ida a esta praia como um passeio para observar as suas formações rochosas magníficas e não como uma ida normal para ficar estendido na toalha. Não se esqueçam que em determinadas alturas do ano é preciso reservar (gratuitamente) a entrada.

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Em seguida, fomos até à Playa del Silencio, a nossa primeira paragem nas Astúrias. O acesso de carro é um pouco chato.  Já era mais para o fim da tarde e já não estava muito calor, contudo, decidimos parar o carro num parque que tinha um custo de €3 independentemente do tempo que lá ficássemos. Saímos todas contentes do carro, fomos até um miradouro (quase ao lado do parque) com uma vista muito fixe para a praia e... voilà com a maré cheia já quase não havia areal. Para além disso, ainda era necessário fazer uma caminhadazita até conseguirmos chegar mesmo à areia.

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Conclusão, em menos de 15 minutos voltamos para o carro e arrancamos para o El Nordés del Silencio, um barzito com uma bela vista.

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Aproveitamos um pouco o bar, mais pormenores no próximo post e , em seguida, fomos em direção ao nosso hotel. Ainda tivemos 1h e pouquito de viagem até lá. Cansaditas, optamos por jantar lá no restaurante e de seguida ir dormir.

Dia 2: Ribadesella - Lagos Covadonga - Playa Andrin

No segundo dia acordamos e rumamos a Ribadesella para tomar o pequeno almoço e dar um pequeno passeio engraçado. Nesta localidade existem várias empresas onde podem marcar diversas atividades aquáticas como passeios de Kayak, passeios de mota de água e penso que também existem alguns passeios de barco...

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De seguida rumamos aos Lagos Covadonga.  Uns lagos muito bonitos dentro do Parque Nacional dos Picos da Europa. Esta foi a nossa única experiência no Parque dos Picos da Europa que, apesar de muito turístico, vale muito a pena. Não é possível chegar até aos lagos de carro. A jornada começa em Covadonga, onde existem inúmeros parques para estacionar o carro e apanhar autocarros que nos levam ao destino final. Deixamos o carro no parque 2 (gratuito) e após uma longa espera de 1h conseguimos apanhar o autocarro. Tem um custo de €9 ida e volta.

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Em praticamente todas as imagens que tínhamos visto dos lagos via-se bastante nevoeiro o que nos deixou algo "preocupadas". Estávamos com medo de lá chegar e não vermos nadinha. Surpresa das surpresas, o céu estava completamente aberto e estava um calor algo exagerado. Na zona dos lagos existem dois restaurantes e mal chegamos almoçamos no que é ao pé do Lago Enol. Após o almoço fizemos um trilho circular que passa nos dois Lagos (Lago Enol e Lago Ercina). O trilho é bastante fácil e terão oportunidade de observar não só paisagens muito bonitas, como também muitas vaquinhas.

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No fim da caminhada e após alguma espera lá conseguimos apanhar o autocarro para descer. Na descida poderão sair numa paragem para visitar a Basílica de Covadonga. A minha amiga Carolina estava um pouco podre das suas costas e então optamos por não sair e ir até à Playa Andrin (bem gira) descansar e dar uns mergulhos.

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E assim foi o nosso segundo dia!

Dia 3: Playa el Canal - Playa San Antolin - Playa Gulpiyuri - Playa Torimbia - Playa Poo

O terceiro dia foi dia de visitar praias bonitas... e feias também. Nesta região a temperatura da água do mar é bastante razoável. Começamos o dia na Playa El Canal. Para estacionar o carro é algo complicado pois têm de o estacionar numa vila onde não existem muitos lugares. No entanto, depois de estacionar, o acesso à praia é uma caminhada simples. Ora bem, a praia é bem pequenina mas bastante bonita e diferente do comum. Durante algum tempo fomos as únicas que lá estivemos. Contudo, a àgua é bem suja, com bichos que achamos que eram caravelas portuguesas. Tendo em conta que não é uma praia vigiada e não existe rede móvel não sei até que ponto será muito seguro mergulhar sem preocupação.

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Como estava bastante calor e não nos sentíamos assim tão à vontade para uns mergulhos, decidimos vir embora e fomos até à Playa San Antolin. O acesso a esta praia é fácil. Para estacionar o carro, existe um parque de estacionamento (não me recordo se custava €3 ou €5) que fica entre a Playa San Antolin e a Playa Gulpiyuri.

A Playa San Antolin não é nada de outro mundo, simplesmente tem um extenso areal e é vigiada. Apanhamos um pouco de sol, demos um mergulho e almoçamos num dos bares da praia. Atenção que um deles, o que tem melhor avaliação, não aceita cartão multibanco, só pagamentos em dinheiro. Como não tínhamos dinheiro suficiente acabamos por ir ao piorzito...

Após o almoço fizemos a caminhada até à Playa Gulpiyuri. Esta era a praia que mais curiosidade tinha de ver. Tinha visto imagens espetaculares na internet e críticas boas. Surpresa das surpresas, era péssima. Estava maré baixa, ou seja, a praia quase não tinha água. Já tinha lido que isto poderia acontecer mas, o pior de tudo foi que a pouca água que tinha estava cheia de algas. Uma desilusão completa! Tendo isto em conta, acabamos por não ficar nesta praia. Fomos até ao carro e fomos para o destino seguinte, a Playa Torimbia. Se calhar a maior aventura desta semana.

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Então foi assim, estacionamos o carro num parque gratuito e percebemos que o acesso incluía uma grande caminhada. Digamos que o único local para estacionar fica no "cimo" da praia. Saímos do carro e eu vejo uma seta que diz "descida abrupta". Tendo em conta algumas outras praias que fui visitando ao longo da minha vida, decidi ignorar a palavra abrupta pois pensei: "As praias mais bonitas são aquelas de difícil acesso. Esta é bonita, pelo menos pelas fotos, deve ser este o único caminho para lá chegar". Não contei a parte do abrupta à minha amiga Carolina e disse só que a descida era por ali. Bem que filme! A descida era mesmo abrupta e nós somos umas trengas neste tipo de caminhos. Atenção que havia pessoas a descerem aquilo muito mais tranquilamente do que nós. Lá conseguimos chegar ao fim da descida com a Carolina a dizer: "Eu estou a descer isto, mas eu não vou voltar a subir. Nem que fique na praia para sempre.". No fim da descida ainda não tínhamos chegado à praia. Tínhamos chegado a uma estradita um pouco mais acessível. Ainda a tivemos de percorrer para chegar à praia. O que é que aconteceu: comecei a ver pessoas chegarem a essa estradita por um sítio muito mais simples. Pego no telemóvel, abro o google maps e apercebo-me que poderíamos ter evitado a descida abrupta...

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Conclusão, se forem trengos como nós, não venham pela descida abrupta, existe outro acesso que pode demorar mais tempo mas é mais próprio para cardíacos. Quanto à praia, espetacular! Apesar de termos chegado lá abaixo e parecer que tínhamos andado na guerra, penso que terá sido a melhor onde estivemos. A praia é lindíssima, com um mar bom e é vigiada. 

Mais ao fim do dia, fizemos a longa caminhada de regresso ao carro e fomos até à Playa Poo. Problema, chegamos à Playa Poo e começou a chover. Esta praia tem um acesso fácil, parque gratuito e é bonita. No entanto, a chuva não nos deixou desfrutar muito dela. Já era fim da tarde, por isso fomos até ao hotel tomar banho para depois jantar.

Dia 4: Llanes - Gijon - Lastres

Este dia foi mais dedicado a visitar algumas vilas e cidades da região das Astúrias. Passamos a nossa manhã em Llanes.

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Uma vila com um centrinho muito bonito, lojinhas com artigos giros mas não muito baratos e uma praia apetitosa. O que optamos por fazer quando chegamos foi ir ao turismo, pedir um mapa e recomendações do que ver. Passeamos pela cidade, indo até aos pontos referenciados no mapa e indicados pela senhora do turismo. A meio do nosso passeio paramos na Playa del Sablón para descansar um pouco e dar uns mergulhos.

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À entrada desta praia fomos requisitadas para falar para a televisão Espanhola sobre o tempo quente mas, delicadamente (ou envergonhadamente), recusamos. Almoçamos ainda em Llanes e seguimos para Gijon.

É assim, não adorei Gijon, senti que faltavam aquelas ruinhas fofinhas. Achei que não tinha nada de muito interessante. O que foi engraçado foi que o dia em que fomos foi o anterior ao grande evento de Sidra. Sim, a Sidra é típica na região das Astúrias. Continuando, fomos no dia anterior ao grande evento e já apanhamos algumas coisinhas, mais concretamente, uma feirinha e um Campeonato de Escanciadores de Sidra. Sim, resumidamente, um campeonato para ver quem verte melhor Sidra para um copo tendo em conta vários parâmetros. Em Gijon também existe uma praia com um areal extenso, mas decidimos que preferíamos passar o nosso tempo a passear e a conhecer a cidade. Para nos orientarmos em Gijon, fomos também ao turismo mal chegamos para pedir um mapa e sugestões.

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Já mais ao fim do dia fomos até Lastres, uma vila muito muito fofa e pitoresca. Adorei!

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Andamos apenas a vaguear nas ruas e fomos até ao miradouro de San Roque que tem uma boa vista sobre a vila. Se quiserem fazer praia existem praias fixes nesta zona. Dica: para estacionar o carro procurem primeiro lugar no Porto pois é gratuito. Caso não arranjem, tal como nos aconteceu, existe um parque um pouco mais afastado mas é preciso pagar e não é assim tão barato tendo em conta o tempo que se demora a visitar Lastres.

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E foi assim o nosso quarto dia.

Dia 5: Santiago - Caminha

Dia 5, o nosso último dia. Bem que dia longo de estrada! Foram muitos quilómetros e com um tempo não muito agradável, alguma chuva e algum nevoeiro. Foi neste dia que tivemos a maior peripécia de ruído no carro que já mencionei no post 5 dias pelas Astúrias e um pouco mais - Introdução. Fizemos a viagem desde as Astúrias até Caminha praticamente seguida, parando só em Santiago para almoçar e passear um pouco. A nossa ideia inicial teria sido parar em alguma praia antes de Santiago mas o tempo não permitiu. Quanto a Santiago, se passarem lá bastante tempo e tiverem interesse, existem vários museus que podem visitar. Podem também visitar a catedral que é muito bonita, mas que desta vez optamos por não ir pois a fila para entrar era bastante grande. Se tiverem pouco tempo, apenas um passeio pelas ruas já é bastante bom e agradável.

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E foi assim que passamos os nossos 5 dias pelas Astúrias e um pouco mais. Fiquei com muita vontade de lá voltar para explorar outras áreas.

Fiquem a aguardar o post sobre onde comemos... alguns dos sítios valem muito a pena!

Aqui fica um pequeno vídeo da viagem: https://www.instagram.com/p/CwYQKoPIstu/.

Um beijo,

Káká