Um fim-de-semana em Bordéus - Roteiro
Tal como já referi no post anterior (Um fim-de-semana em Bordéus - Introdução), em Setembro passei um fim-de-semana em Bordéus com umas amigas de família. Neste post poderão descobrir um pouco mais sobre o nosso roteiro essencialmente delineado pela Bea.
Sexta
Tendo em conta a hora a que chegamos já só tivemos oportunidade de ir jantar. Onde é que acham que jantamos às 23h? Exatamente, no Mcdonald's. Estava aberto, era relativamente perto do nosso alojamento e acabou por ser a nossa escolha para algo rápido antes de dormir.
Sábado
Tal como referi no post anterior, no local onde ficamos alojadas o pequeno almoço não estava incluído no preço, contudo, poderia ser adicionado à parte. Optamos por não o fazer e fomos até ao Books & Coffee para comermos algo. Bem, que maravilha! Uns croissants maravilhosos e umas cookies de comer e chorar por mais. Aconselho vivamente! Vá, o sumo natural de laranja não era grande coisa.
Juntam 5 mulheres numa viagem (a Elisabete ainda não tinha chegado) e o que é que fazemos durante grande parte nossa manhã? Entrar em todas as lojinhas na rua do Books & Coffee (26 Rue Saint-James). Se compramos muita coisa? Não! Se vimos coisas muito giras e fora da caixa? Sim!
Após vermos coisas muito interessantes, foi tempo de seguir caminho e fomos até à Porte Cailhau.
Atravessamos a porta e fomos observar a Pont de Pierre. A primeira ponte construída em Bordéus. A construção foi impulsionada por Napoleão I e uniu as duas margens do Garonne numa única cidade. Em seguida, uma caminhada levou-nos até ao Miroir d'eau. Classificado como património mundial contemporâneo, esta atração varia entre efeitos de espelho e de nevoeiro, tudo através de água. Ainda passamos lá algum tempo a tirar fotos e a observar dois meninos pequeninos (muito fofos) a brincar na água.
Em seguida, com bastante window shopping, fomos até Saint-Pierre, também conhecido como o coração da cidade velha de Bordéus. Seguimos caminho pela rua de Santa Catarina (tal como no Porto é uma rua com as mais variadas lojas de roupa) e chegamos à Ópera Nacional. Pelo caminho passamos pelas Galerie Bordelaise e foi aqui que nos apercebemos que teriamos de nos despachar para almoçar se queriamos chegar a tempo à prova de vinhos que tínhamos marcado para as 15h.
Bem, um filme para almoçar! Acabamos por nos sentar num Paul, uma cadeia de padarias internacional. Comemos umas sandes, fomos até ao metro (pois o nosso destino não era muito central) e após alguns percalços chegamos à Cité du Vin para fazer uma prova de vinhos. Que desilusão. Não aconselho nada. Aliás, acho que nenhuma de nós aconselha. Uma vez que decidimos marcar a prova muito em cima da hora, já só arranjamos vaga na Cité du Vin. Ainda procurei experiências mais "caseiras" mas já estava tudo esgotado. Por isso, MARQUEM COM ANTECEDÊNCIA. Infelizmente, a nossa experiência na Cité du Vin não foi muito boa. Entramos para uma sala onde estavam outras pessoas e um senhor e explicar todos os passos para se degustar o vinho. O workshop era dado em Francês e para quem não falasse a língua poderia usar uma espécie de iPod para acompanhar. Problema: eu achava que o que iriamos ouvir no iPod era a tradução em tempo real do que o que o senhor dizia. No entanto, não era! Eram umas gravações! O que tornava tudo muito menos intimista e algo aborrecido e confuso. Para o que nós lá fomos fazer mais valia estar em casa a ver um vídeo de youtube sobre o tema e ter três copos de vinho à frente para ir acompanhando. Maior desilusão ainda, estavamos em Bordéus, seria de esperar que a degustação fosse apenas de vinhos da região e... NÃO ERA. Dos três que tínhamos à nossa frente apenas um era de lá. Os outros nem franceses eram! Enfim... não aconselho.
Desanimadas com a experiência, fizemos uma caminhada de cerca de 30 minutos (na verdade tendo em conta o passo de algumas das senhoras foi mais demorada) até ao Bassins des Lumières. Neste local é possível ver exposições imersivas que vão mudando ao longo do tempo. Durante a nossa estadia a que estava ativa era a de Dali, l'énigme sans fin / Gaudi, Architecte de l'imaginaire. Existem bilhetes com vários valores e, atenção, no bilhete de família as pessoas até aos 25 anos são consideradas "crianças". Acabamos por comprar um bilhete de família (que dava para quatro) e dois bilhetes inteiros que, naquele fim-de-semana, quando comprados online, tinham um desconto. No final de tudo acabamos por pagar €10.17 por pessoa. Apesar das pinturas de Dali serem algo "perturbadoras", a experiência valeu super a pena. Para além de vermos imagens das obras de Dali e de Gaudi tínhamos acesso a uma espécie de vídeo dentro de um cubo que tinha cheiro a "gente", mas imagens muito fixes.
Desta experiência saímos animadas, fomos a pé até ao metro e regressamos ao centro para jantar, passando novamente pela Ópera.
Bem, arranjar restaurante não foi fácil. Éramos 6 e a maioria estava cheio. Contudo, quase todos eles trabalham com maracação, por isso aconselho muito que antes de irem para Bordéus, se forem mais do que duas pessoas, façam um estudo dos restaurantes que gostavam de ir e marquem online. Acabamos por jantar no Restaurant LouLou, com uma esplanada muito agradável. Gostei bastante! Pedimos uma degustação de queijos (que está na parte das sobremesas mas que não nos sentimos julgadas por pedir como entrada). Depois eu e a minha mãe dividimos o tataki de atum (muito bom) e o esturjão que vinha acompanhado com uma batata doce maravilhosa! É assim, as porções não são muito grandes e não são muito baratas mas uma coisa vos digo, a meu ver, os pratos são muito bons! A água é oferta da casa.
Após o jantar, fomos dar um passeiozito e acabamos por passar no espelho de água novamente. Domingo
No domingo, optamos por dar mais umas voltinhas no centro e desfrutar um pouco mais da cidade. Para não termos de voltar ao hostel (visto que não era extremamente central) optamos por andar com as mochilas atrás de nós. Como é óbvio... voltamos a tomar o pequeno almoço no Books & Coffee.
Logo na porta ao lado (direito) tem uma pastelaria que pertence ao café e, após o pequeno almoço, fomos lá comprar um brioche feuilletée para trazer para o Porto. Era muitíssimo bom.
A seguir ao pequeno almoço caminhamos lentamente em direção à Catedral San André e, em seguida, queriamos subir à Torre Pey Berland. No entanto, era necessário marcação. O próximo horário disponível era às 12h, marcamos e fomos dar mais uns passeios a pé. A grande vantagem de termos lá passado foi o facto de os senhores serem uns simpáticos e nos terem deixado pousar lá as mochilas. Foi um alivio para os ombros! Ao domingo a maioria das lojinhas está fechada, por isso, o window shopping foi mais reduzido. Passamos numa Toque Cuivre para provar os doces típicos, as Canelés. Não gostei nadinha, mas houve quem gostasse. Já tinha lido na internet e uma senhora local disse-nos que é nas Toque Cuivre podemos encontrar a melhor relação qualidade/preço para as canelés. De facto são bem mais baratas do que noutros sítios por onde passamos.
Entretanto voltamos para a torre e subimos. A duração total da visita foi cerca de 30 minutos. São bastantes escadas! Até aos 25 anos a entrada é gratuita para residentes da União Europeia. No entanto, não achei a vista nada de outro mundo.
Uma vez que convinha estarmos no aeroporto por volta das 16h15/16h30 e ainda tínhamos uma viagem de 40 minutos de metro pela frente, a seguir à torre fomos almoçar. Por indicação de uma senhora local com quem conversamos na rua (a mesma que nos indicou a Toque Cuivre) marcamos (online) o almoço para o restaurante Melodie. Também nos tínha sugerido os restaurante Berthus e Les Drôles. No entanto, quando íamos a marcar já estavam cheios. O restaurante era muito fixe e por €23 tívemos direito a entrada, prato principal e sobremesa. A água e o vinho fizeram a conta encarecer. Existem apenas 4 opções quer para as entrada,quer para os pratos e sobremesas. Assim, nas entradas e nas sobremesas, optamos por pedir um de cada e repetir aqueles que tinham mais adesão. Deste modo, tivemos oportunidade de provar um pouco de tudo. Já para o prato principal, cada uma pediu aquilo que preferia. Fui agora mesmo ver o menú para me tentar lembrar do nome dos prato que pedimos, no entanto, aperccebi-me que estes vão mudando ao longo do tempo. Assim, apenas posso dizer que, para o meu gosto, as entradas e o prato eram bon, já as sobremesas não adorei.
Logo a seguir ao almoço fomos até à estação de metro e apanhamos um metro direto para o aeroporto.
Enfim, um belo fim-de-semana!
Aqui fica um pequeno vídeo da viagem: https://www.instagram.com/p/CxlguQMorfR/
Um beijo,
Káká