Olá, olá,

No post anterior (Um fim-de-semana em Annecy - Introdução) introduzi a minha viagem a Annecy, uma reunião de Erasmus. Agora vamos lá ao roteiro.

Sexta-feira

Chegada de todos a Genebra e dormida.

Sábado

Apesar de não nos termos deitado muito cedo, às 7h15 estavamos a acordar. Arranjámo-nos, tomámos o pequeno almoço e pusemo-nos a caminho da paragem de autocarro. Tínhamos autocarro às 8h45. 50 minutos depois estavamos a chegar ao nosso destino. Uma das primeiras coisas que fizemos foi ir ao turismo pedir um mapa e algumas dicas. Demos um passeio pelo centro que é bem pitoresco. Não é grande, mas é mesmo muito fofo. Cerca de 1h30 foi mais que suficiente (não entramos em praticamente nada, caminhamos só).

Entretanto, como pudemos fazer o check in no apartamento às 13h, passamos no supermercado para comprar coisas para fazer sandes para o almoço, coisas para o jantar e coisas para o pequeno almoço. Por questões práticas acabamos por fazer e comer as nossas sandes em casa.

De seguida, fomos apanhar um autocarro, €2, que nos levou até Semnoz, uma zona já na Montanha. Estes autocarros não são extremamente frequentes. No entanto, algo maravilhoso é que em Julho e Agosto são gratuitos. Sim, já fomos na altura em que se paga. Continuando, bem que frio na Montanha! Eu tinha visto que ia estar frio nestes dias por Annecy, no entanto, decidi ignorar e não ir assim tão agasalhada. Contudo, na montanha estava um briol que meu deus. Enfim Catarina, enfim. Continuando, a ida à montanha valeu super a pena, fizemos parte de um trilho. Vimos boas paisagens, apanhamos bastante frio e andamos num escorrega na Montanha que, segundo a Anna, até é uma coisa comum na Alemanha pelo menos. Bem, eles gozaram um pouco comigo porque eu andei bem devagar mas, em minha defesa, tinha vários sinais a dizer slowdown (ou algo do género). Tendo em conta o frio, optamos por apanhar o autocarro de volta a Annecy por volta das 17h50 (o seguinte era só às 19h30).

Entretanto, antes de irmos para casa paramos só para um chocolate quente. Sim, em Setembro a beber chocolate quente. A noite foi passada em casa a cozinhar, comer, conversar, beber sangria e alongar.

Domingo

Bem, Annecy tem um centrinho pequeno que já tínhamos visto no dia anterior. Por isso, no domingo, decidimos ter uma manhã mais preguiçosa. Tomamos o pequeno almoço em casa, arrumamos as coisas e por volta das 11h saímos. Fomos colocar as nossas mochilas nuns cacifos para não ter de andar a carrega-las, optamos pela LOCKIN. Cada cacifo de tamanho M, onde couberam as nossas 4 mochilas, custa €2,5 por hora. Já mais levezinhos e, tal como já tínhamos combinado, fomos apenas caminhar para a beira do lago. Observamos a bela paisagem, paramos numa suposta praia, vimos pessoas corajosas a mergulharem num dia ventoso e bem fresco, passamos por um bar muito muito giro e, já por volta das 14h30 sentamo-nos num banquinho com uma vista maravilhosa para comer as Sandes que tínhamos preparado.

Por volta das 15h decidimos começar o caminho de regresso ao centro. Chegados ao centro, ainda tínhamos cerca de 30 minutinhos para aproveitar. A Rita e o Rodrigo compraram gelados e sentamo-nos ao sol num parquezito ao pé do lago a aproveitar os últimos minutinhos (mais uma vez com uma bonita vista). O Rodrigo e eu tínhamos autocarro para o aeroporto de Genebra à 17h05. Por isso, às 16h30 foi tempo de levantar o rabinho, ir buscar as mochilas aos cacifos e ir para a paragem do autocarro.

Foi uma viagem curta mas bonita.

A única coisa que ficou a faltar foi fazer parapente sobre o lago, uma atividade popular em Annecy. No entanto, não consegui convencer nenhum deles. Fica para uma próxima.

Fiquem a aguardar pela próxima viagem. Já está para breve!

Um beijo,

Káká

Bonjour, bonjour,

Começo este texto diretamente do lugar 14 A de um avião da EasyJet com destino ao Porto. Pois bem, estou a regressar de um fim-de-semana delicioso em Annecy. Foi pouquinho tempo, mas valeu a pena.

Esta viagem foi uma reunião de Erasmus. Fiz Erasmus em 2022 e o Rodrigo, a Rita , a Anna (I am sorry Anna but my blog is in Portuguese. I hope you can understand something, it is a good way for you to practice your Portuguese) e eu permanecemos amigos. O encontro do ano passado foi em Lisboa, este ano escolhemos Annecy. Estávamos à procura de um local onde todos pudessemos chegar facilmente e mais ou menos economicamente e... voilà, Genebra foi a escolha. Fomos todos em voos diferentes. A Rita e o Rodrigo de Lisboa (voos diferentes), a Anna de Berlim e eu do Porto. Ora bem, Genebra foi o destino dos nossos aviões, no entanto, é um sítio caro e não achamos que fosse assim taaaao interessantes. Para além disso, o Rodrigo e eu já lá estivemos recentemente. Assim, decidimos procurar locais em redor e de fácil acesso. Annecy pareceu-nos uma boa escolha (e de facto foi).

Uma das nossas ideias iniciais era chegar a Genebra (a útltima pessoa chegava às 23h15), alugar um carro e passar logo para França, ficando a dormir algures. Pois bem, ficava extremamente caro. Cerca de €250 de aluguer de carro para 48 horas (com seguro contra todos os riscos). Como achamos extremamente caro, decidimos ver outras opções. Acabamos por decidir ficar a dormir num hostel em Genebra na primeira noite. Caro para hostel (mas vá era na Suiça), no entanto, tinha pequeno almoço incluído e ofereciam o passe para andar gratuitamente nos transportes públicos. Para ir para Annecy optamos por ir de autocarro (50 minutos de viagem), desde o centro de Genebra (o hostel foi estrategicamente escolhido por ser perto da paragem). A nossa escolha acabou por ser um autocarro da BlablaCar tendo em conta o preço e o horário. Já no regresso, a minha escolha e do Rodrigo foi também a BlablaCar mas desta vez já em direção ao aeroporto. A Rita e a Anna optaram por ficar mais dois dias pelo lago. Também o faria se amanhã não tivesse de ir trabalhar.

Tenho a dizer que adorei Annecy e todo o estilo de vida dos seus habitantes. Primeiro, muita gente super ativa a nível de atividade física. Uns a andar de bicicleta, outros a correr, outros a exercitarem-se naquelas máquinas que até agora achava que eram de parque infantil, no entanto, os meus braços de frango não conseguiam mover-se em algumas delas, e, por fim, vimos algumas pessoas corajosas a mergulharem e a nadarem no lago num fim-de-semana em que as temperaturas variaram entre os 4 e os 17 graus (sim, foi uma introdução ao Inverno já). Para além disso, no domingo a tarde vimos várias famílias e grupos de amigos a passear, andar de gaivota, fazer picnics,... Gostei muito do estilo de vida que aparentemente têm. Quem sabe dos 45 aos 50 não me mudo para lá.

Foi um fim-de-semana bom e bem relaxado.

Fiquem a aguardar pelo nosso roteiro.

Um beijo,

Káká

Olá, olá,

Hoje vou falar de um tipo de viagem diferente, uma viagem gastronómica. Há já muito tempo que queria experimentar um Restaurante com estrela Michelin e o sítio escolhido foi o Euskalduna Studio. Euskalduna significa Vasco, o primeiro nome do Chef proprietário do espaço. Pois é, foi uma reportagem na RTP que nos fez escolher este restaurante. Se sou uma grande entendida em comida, não. Mas que gosto de comer e experimentar coisas novas, com certeza. Portanto, aqui fica a opinião de uma leiga nestas andanças. Disclaimer, não tenho assim muitas fotos e as que tenho, a qualidade não é a melhor. Vídeo ainda tenho alguns, mas não dá para os publicar.

Para além de comida bastante boa e diferente (como já esperava), toda a experiência superou as minhas expectativas e quebrou todos os estereótipos que tinha. O ambiente descontraído e simpatia dos Chefs (ou cozinheiros, não sei muito bem qual o seu título), deu um toque especial à nossa experiência.

Tínhamos a nossa reserva para as 13h. Chegamos, a porta estava fechada, não encontramos a campainha (está bem escondida, tentem descobrir), acabamos por bater à porta e vieram-nos receber e encaminharam-nos para os nossos lugares. As reservas para duas pessoas só podem ser feitas para a mesa do Chef. Que no fundo é ficar ao balcão. Acho que torna a experiência muito mais interessante pois pudemos ver uma parte da preparação dos pratos, o empratamento de praticamente tudo e ainda conversámos   com os Chefs, especialmente com o Chef Gonçalo (bem simpático e que nos fez uma bela surpresa). O restaurante é escuro, tem um ambiente acolhedor e vibes asiáticas (não é que algum dia tenha ido à Ásia).  Pouco depois de nos sentarmos, o primeiro momento não tardou a chegar. O menu é constituído por 10 momentos, mas podem ter uma ou outra surpresa. Digo-vos uma coisa, para mim, o primeiro momento, foi o melhor. Uma coisa crocante com gambas e caviar, ui que delicia. E o segundo, a Panqueca de Ostra, foi o que menos gostei. Foram quase 3h a experimentar todos aqueles pratos bonitos e saborosos enquanto os Chefs nos explicavam cada um deles e ao mesmo tempo conversavam connosco. Aqui não há propriamente empregados de mesa, quem cozinha, é quem nos serve também.

 O que achei mais fascinante é que cada prato, embora pequeno, leva bastantes elementos diferentes, muitos dos quais demoram ainda algum tempo a ser preparados. Claro que já tinha visto coisas destas na televisão, mas experienciar é sempre diferente. Quando digo elementos diferentes, não significa necessariamente que sejam ingredientes diferentes. Comemos um prato que era brócolos, brócolos, brócolos, brócolos e brócolos. Todos preparados de maneira diferente. Foi um dos pratos que mais me surpreendeu pelo facto de serem só brócolos, algo simples, mas preparados de maneiras diferente (imagem abaixo).

Entretanto, ao longo desta jornada de degustação, descobri a minha nova erva aromática favorita, vinha a acompanhar o gelado de um dos momentos doces. Infelizmente não vos posso dizer qual é pois já não me recordo do nome. Também não se arranja cá nos supermercados, por isso, nem vale a pena. Para harmonizar o menu, têm a possibilidade de selecionar um pairing de vinhos ou de infusões ou então simplesmente bebidas "avulso". Não sendo eu uma especial apreciadora de vinhos, nem de infusões, optei por beber água (ups) e uma infusão de flores. A minha mãe seguiu o mesmo caminho. O melhor de tudo foi que antes de escolhermos a infusão que ia acompanhar o nosso almoço, pudemos experimentar algumas para fazer uma escolha mais acertada. No meio desta experiência maravilhosa só houve uma coisa que não gostei muito. No final, quando vem a conta, vem também já a sugestão de gorjeta incluída. Claro que podemos dizer que não queremos dar, mas é sempre aquela coisa. Contudo, acho que aquela equipa simpática, prestável e engraçada (sim, alguns deles eram mesmo engraçados) merece. 

Podia escrever aqui muito mais sobre a nossa experiência. Relatar mais as surpresas que tivemos, detalhar mais o que comemos ou até mesmo falar mais sobre os Chefs, no entanto, acho que isso tiraria a magia no caso de quererem experimentar também. Olhem que aconselho bastante! Se pesquisarem na Internet não vão encontrar nenhum menu disponível. A cada duas semanas (mais ou menos) alguns pratos saem do menu e outros entram. Mais ou menos ao final de dois meses, têm um menu completamente diferente. Não me importava nada de voltar lá daqui a dois meses, porém, ir a um restaurante destes requer uma poupança também.

Não é que tenha experimentado outro restaurante deste género, no entanto, se também têm curiosidade, acho que o Euskalduna é uma excelente aposta.

Um beijo,

Káká